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Áreas para o esporte em discussão

IMG_2466Sexta-feira (13), presidentes de ligas e dirigentes de times amadores do Distrito Federal estiveram na Câmara Legislativa (CLDF) para discutir questões que envolvem a destinação e preservação de áreas para o futebol de várzea. A audiência foi proposta pelo presidente da Casa, o deputado Wasny de Roure, e também contou com as presenças do subsecretário de Políticas para Esporte Social (Subpose), Leandro Mota, e do secretário adjunto da Secretaria de Esporte, Célio René.

Entre os assuntos discutidos o cumprimento do compromisso do Governo do Distrito Federal com o programa Boleiros, que paga a arbitragem de grande parte dos campeonatos amadores do DF; o avanço da especulação imobiliária e a perda de espaços destinados ao futebol; e demais políticas públicas que venham contribuir com o futebol de várzea praticado no DF.

Para o presidente da CLDF, Wasny de Roure, “a Audiência Pública servirá para a formatação de uma pauta específia para as ligas, o que também abrirá espaço para o desodobramento de outras políticas voltadas ao futebol amador”.

O secretário Adjunto da Secretaria de Esporte, Célio René, reiterou a importância do programa Boleiros, adotado pelo Governo do Distrito Federal. “Uma reivindicação antiga dos atletas e que foi atendida. Sabemos que ainda está em evolução e ainda não atingimos a perfeição. Precisamos ouvir a comunidade para melhorar ainda mais”.

Representantes

Grande parte das ligas de futebol se fez presente. Sidney Amorim, do Centro Esportivo Arco-Íris de Taguatinga, também participou como representante da Federação das Ligas de Futebol Amador do DF (Felfa-DF ) e lamentou a ausência do presidente da entidade, Adevágner Bezerra.

Além do representante da Felfa, o deputado Wasny de Roure cobrou a presença de outros personagens importantes para a discussão. “Todos os gerentes de esportes deveriam estar aqui. As pessoas querem cargos políticos, mas quando é preciso, não cumprem com suas responsabilidade. De qualquer forma, agradecemos a participação dos demais que estão presentes”.

 

Campos

Várias questões foram discutidas, mas a que mais preocupa é a perda dos espaços destinados ao futebol amador. Paulo Roberto, diretor administrativo da Liga de Inclusão Social e Esportes do Gama (Liseg), mostrou-se preocupado com a situação na cidade. “Tenho 53 anos que acompanho o futebol no Gama. Nos anos 1980, contávamos com 40 campos. Hoje, temos sete e já sabemos que desses, três também deixarão de existir. Uma região com mais de 140 clubes e ter apenas quatro campos é uma lástima”.

Ele lamentou também a destinação de mais de R$ 1 milhão para reforma de quadras, quando a cidade quase não tem modalidades para esse tipo de esporte. “O que queremos é que alguém salve o futebol amador do Gama. Do jeito que a coisa está se desenhando, a modalidade vai acabar no Gama”.

O deputado Agaciel Maia engrossou o discurso do dirigente. “Eu que já participei de vários campeonatos de futebol amador, hoje, chegou nas regiões administrativas, principalmente no Gama, e me deparo com prédios no local dos campos, só posso dizer que há um atrofiamento do futebol amador de Brasília”, lamenta o distrital.

As reclamações são as mesmas em algumas regiões. O representante da Liga de Taguatinga também levantou a preocupação com a falta de campos. “Uma cidade que já teve 20 campos, hoje, conta com apenas dois”. Situação também vivida no Riacho Fundo II, que já recebeu verbas destinadas pelo deputado Evandro Garla, mas que não pode ser utilizada para a construção de um sintético por falta de espaço, que até o momento não foi encontrado.

Ligas

Alguns representantes trouxeram à tona outras preocupações, como a falta de segurança em volta dos campos, principalmente em jogos decisivos, e a falta de políticas que beneficiem diretamente as ligas.

Para o presidente da Liga das Associações Desportivas de Sobradinho, Luiz Gomes, a Audiência é um grande passo para todos. “Temos a grande oportunidade de elaborar um mega programa social esportivo. Se pegarmos todas as ideias, podemos ter o maior programa do país”.

O presidente da Lades também levantou aplausos quando falou da luta de todos os dirigentes. “Quero pedir desculpas aqui à minha família, pelo tempo que dedico ao futebol. Eles são os que mais sofrem com nossas ausências. Mas não desisto nunca”.

A partir das pautas tratadas na Audiência Pública, uma comissão será montada com um documento a ser formatado para discussões futuras em busca de uma política para o futebol amador. Quanto à destinação de áreas, está agendada uma regunião na Secretaria de Estado de Habitação Regularização e Desenvolvimento Urbano (Sedhab), quinta-feira (19).

Para fechar, Célio René falou sobre o quanto são proveitosas as reuniões com as ligas. “É sempre muito bom escutar o senhores. Com isso é que conseguimos avançar. O GDF tem se empenhado em criar políticas para o esporte amador e tudo isso é fruto das discussões com vocês”.

E complementa: “Nas primeiras reuniões, vocês priorizaram a arbitragem e hoje digo com orgulho que atendemos a mais de 10 mil jogos do futebol amador. Disponibilizamos ao futebol amador, neste ano, mais de R$ 2 milhões, porque sabemos da importância da modalidade. Assim como também temos consciência de que precisamos de muito mais”.

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