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Atletas do DF adiam sonho de representar o país nos Jogos de Tóquio 2020

Fonte: Secretaria de Esporte e Lazer do DF

O plano de treinamento do nadador paralímpico Wendell Belarmino, de 21 anos, mudou completamente desde o dia 11 de março, quando se despediu temporariamente das piscinas. Devido à pandemia mundial do COVID-19, mais conhecido como coronavírus, o jovem esportista, que recebe o Bolsa Atleta e viaja pelo Compete Brasília, programas da Secretaria de Esporte e Lazer, substituiu o Centro Olímpico da UnB por um ambiente ainda mais familiar. Na sua casa, em Sobradinho, ele pratica diariamente exercícios funcionais para manter a forma e o corpo ativo.

Crédito: Ale Cabral/CPB

Mesmo com a vaga garantida para o maior evento esportivo do mundo, ele avalia como acertada a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI), em parceria com o Comitê Organizador de Tóquio, em adiar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio para o próximo ano. “Se tivesse mantido a data, acho que seria ruim, tanto do ponto de vista da saúde como do desempenho dos atletas. Mas claro que o planejamento de todos os esportistas será alterado. Só esperamos que tudo isso se resolva o quanto antes”, destaca ele que, entre outros pódios, levou seis medalhas no Parapan-americanos de Lima (2019).

Jéssica Gomes Vitorino, 26 anos, foi outra esportista paralímpica que precisou interromper provisoriamente a rotina esportiva devido à disseminação do coronavírus no país, assim como o sonho de representar o goalball brasileiro nas Paralimpíadas de Tóquio neste ano, em que estava com a vaga garantida. Acostumada ao trajeto da sua residência, no Paranoá, ao Centro Olímpico e Paralímpico de São Sebastião, local de seus treinamentos no goalball, ela cumpriu uma intensa rotina de treinos durante quatro anos com foco no evento.

“Normalmente, nós temos treinamentos pesados, por cerca de quatro horas e, agora, para não ficar muito travada, estamos fazendo tudo em casa, para não perder os movimentos. Não é a mesma coisa. Foi triste por toda a situação, mas foi a melhor coisa ter adiado”, diz a jovem, que adianta estar com o foco mantido na preparação para os Jogos.

A decisão de adiar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio para 2021 foi anunciada em 24 de março, em razão da pandemia, que levou em conta “a propagação sem precedentes e imprevisível do surto” e as informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), avalia que o contágio está sendo feito de forma acelerada, com mais de 375 mil pessoas infectadas em quase todos os países, sendo que esse número é atualizado a cada hora. O impacto significativo em todos os continentes prejudicou os preparativos de atletas globais para os Jogos.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 iriam começar no dia 24 de julho e o início dos Jogos Paralímpicos estava marcado para o dia 25 de agosto. O COI e o Comitê Organizador de Tóquio ainda não divulgaram as datas dos eventos, mas eles devem ser remarcados até o próximo verão.

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