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Dobradinha pelo esporte em Ceilândia

Ari de Almeida (E), administrador de Ceilândia, e Fausto Rocha, gerente de Esportes da cidade, trabalham juntos para atender às demandas esportivas da comunidade
KÁTIA SLEIDE

Ari Almeida, administrador de Ceilândia, e Fausto Rocha, gerente de esportes da cidade, promovem um trabalho de fomento e apoio direto e indireto às atividades esportivas e de lazer da maior região administrativa do Distrito Federal. Em entrevista ao jornal ViverSports, a dupla fala sobre o trabalho realizado para atender às demandas da comunidade e da

A dobradinha tem dado certo, tanto que Ceilândia está em constante atividade e, para isso, muitas ações de incentivo já foram providenciadas, como a reforma de boa parte das quadras poliesportivas, a construção do ginásio de Esportes da cidade e o apoio logístico e estrutural para a realização de eventos esportivos e de lazer.

Pretensões

Além das ações, estão previstos até 2014 a construção de mais dois ginásios de esportes em Ceilândia e mais umas 30 quadras poliesportivas. “Temos muitas coisas ainda por fazer, como as reformas das quadras dos setores PSul e PNorte”, informa o administrador, Ari de Almeida.

Para ele, é preciso dar condições às pessoas de praticarem esportes e terem opções de lazer em sua região. “Fora o futebol, as lutas estão muito em evidência e em Ceilândia não é diferente, o que tem deixado a cidade em bom patamar. Mas são os atletas que revelam Ceilândia e não a cidade que revela o atleta.

Ideal

O administrador enfatiza a necessidade de o Estado ser o articulador para que os atletas apareçam. “Os Centros Olímpicos deveriam ser uma ponte para isso acontecer, mas ainda não contemplam esse foco. O ideal é ter escolas integrais, que permitissem que os alunos estudassem em um turno e, no outro, que fossem preparadas em alguma modalidade esportiva”, acredita Ari.

Segundo ele, essa iniciativa deveria vir da Secretaria de Educação, como órgão gestor. Ari também pontua que os Centros Olímpicos não conseguem absorver todos. “Os CO’s tem de abrir para os atletas de alto rendimento e não para a formação de novos”, diz o administrador, que também acredita que só é possível formar atletas se houver profissionais por trás de tudo.

Outro aspecto importante para a mobilização da comunidade em torno das atividades esportivas é com relação ao apoio. Para Almeida, os governos têm de tratar o esporte como pilar. “Esses eventos esportivos que ocorrem em Ceilândia são iniciativas que servem de estímulo para os mais novos. E para que tudo dê certo, é preciso ter uma gerência de esportes comprometida, que nos ajude a dar condições para que a comunidade possa realizar”.

Responsabilidade

Uma das principais preocupações da dupla é atender às demandas da comunidade, mas buscando separar o esporte da politicagem. Para fugir dessas armadilhas, a principal missão foi preparar uma política voltada para a área. Por isso, a indicação do gerente de Esportes, segundo Ari de Almeida, foi baseada no conhecimento que o mesmo tem, tanto da cidade, em si, quanto suas atividades esportivas. “O Fausto sempre foi ativo no esporte. Ele conhecer as pessoas do meio e as mesmas o conhecerem foi um facilitador para a sua indicação ao cargo”, conta Ari.

O administrador tem em mente que é preciso que o gestor da cidade conheça as demandas de sua região e procure atendê-las o mais rápido possível, embora existam situações em que isso não é possível, devido à burocracia. “Não existe um orçamento que contemple todas as necessidades, por isso, passamos o ano inteiro buscando apoio”.

Expectativas

Mesmo com inúmeros eventos esportivos que ocorrem em Ceilândia, eles não param de planejar outras ações. “Há áreas em Ceilândia que serviam de lixões. Vamos procurar fazer obras bem bacanas para a comunidade. Além disso, já organizamos um campeonato de futebol feminino, que é uma necessidade de todo o DF e realizamos aqui. Vejo uma enorme necessidade, também, de construir uma pista de kart, pois temos demanda para isso”, revela Ari.

Domingão do Lazer

O Domingão do Lazer ocorre a cada três meses em Ceilândia e é um evento que mantém os moradores com opções de lazer e esporte sem ter de sair da região. “Quando você traz um evento para a cidade, traz também melhorias. Infelizmente, não se tinha essa cultura aqui, tanto que a maioria das emendas parlamentares é para cultura e obra. Quase não tem para o esporte”, diz o administrador.

Projetos sociais

Outra preocupação de Ari de Almeida é voltada aos vários projetos sociais existentes na cidade e que não dispõem de apoio governamental para se manter. Para haver uma maior participação do Estado, é preciso que se identifique os que são sérios e invista, dê o devido apoio. O administrador acredita que é preciso haver uma qualificação dos envolvidos. “É preciso acompanhar, identificar os projetos, criar critérios para que a ajuda chegue a quem, de fato, precisa. Tem de haver uma participação do Estado como gestor.”

Gerência de Esportes

Fausto Rocha, 30 anos, formado em Educação Física, mora em Ceilândia desde 1982. A convite do administrador Ari de Almeida, ocupa a Gerência de Esportes de Ceilândia. Segundo ele, o bom do trabalho é que todos da equipe, de alguma forma, buscam os anseios da população. “Temos autonomia. Claro que com limites, mas o importante é atender os moradores, dando apoio com serviços institucionais, orientações e informações de instâncias superiores voltadas ao esporte, além de prestar todo o apoio logístico e estrutural para que os diversos eventos esportivos de Ceilândia sejam realizados”, afirma Fausto.

Em Ceilândia, há 75 quadras poliesportivas, muitas já foram reformadas e, até 2014, todas as que precisam também receberão tratamento adequado. Essa é uma das ações que viabilizam a organização e realização dos eventos esportivos em Ceilândia, segundo o gerente de Esportes, Fausto Rocha.

Para Fausto, o trabalho vem ao encontro dos propósitos do Governo do Distrito Federal, que é de dar total apoio ao Esporte na capital. “Além de dar o apoio a diversos eventos esportivos em Ceilândia, também promovemos o resgate da autoestima desse segmento na cidade. Um dos exemplos é o Domingão do Lazer, realizado a cada três meses e que é sucesso absoluto. As pessoas não precisam sair de Ceilândia para se divertir ou praticar atividade física. É um encontro de famílias perto de suas residências”, enfatiza o gerente.

Futuro

Mesmo com tanto trabalho realizado, tanto Fausto Rocha quanto Ari de Almeida acredita que há muita coisa ainda a ser feita. “Nossa expectativa é de fechar outras parcerias, a fim de otimizar o esporte e o lazer, além de poder apoiar ainda mais esses segmentos em Ceilândia”, finaliza o gerente de Esportes.

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