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É de causar revolta: Administração do Itapoã investiu mais de R$ 1 milhão em festa de aniversário

Amado Batista recebeu cachê de R$ 400 mil para apresentação no aniversário da cidade
Amado Batista recebeu cachê de R$ 400 mil para apresentação no aniversário da cidade

Matéria publicada no site do Correio Braziliense informa que a Administração regional do Itapoã gastou R$ 1.050.000 com cachês de shows de artistas. Um deles, o cantor Amado Batista, embolsou R$ 400 mil. Além dele, João Lucas e Marcelo, Bruno e Marlow e Joaninha do Motocross. Quem intermediou a contratação foi a Mundo Tour Agência de Viagens, que fica no Hotel Nacional e sem licitação.

Para justificar a dispensa de licitação, a agência de turismo se declarou representante exclusiva desses artistas. No total, a empresa recebeu R$ 784 mil só para levar os músicos à festa no Itapoã.

O valor gasto na festa de aniversário da cidade é quase a metade do investimento para construção do centro de saúde na mesma região, que custou R$ 2,3 milhões. A despesa com as apresentações seria suficiente para construir pelo menos três quadras poliesportivas no Itapoã, que é carente de benefícios sociais. É a segunda mais pobre do Distrito Federal, só ganha da Estrutural.

Para o Correio Braziliense, a assessoria de imprensa da Administração do Itapoã informou que o administrador, Donizete dos Santos, está fora da cidade e, por isso, não poderia comentar sobre os gastos com o aniversário da cidade. Ainda segundo a assessoria, os valores pagos a Amado Batista e à dupla João Lucas e Marcelo são mais altos do que os contratos de outras prefeituras porque os artistas fizeram apresentações mais longas e sem playback.

A Mundo Tour veio com justificativa semelhante. Segundo a agência, o cachê de Amado Batista é superior ao cobrado em outros municípios porque o evento durou três horas e meia. Segundo a empresa, esse valor também inclui a diária de hotel para 20 integrantes da banda do músico.

Enquanto isso, várias lideranças que utilizam o esporte amador como ferramenta social e integradora vivem de pires na mão, implorando por algum apoio governamental. E a justificativa que ouvem, na maioria das vezes, é que os projetos sociais precisam ter empresa cadastrada, ter sede, caso contrário, o governo não pode ajudar. O que fica claro que não é por aí.

A matéria na íntegra pode ser acessada no site do Correio Braziliense.

 

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