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Futebol e inclusão social

Grupo é unido e tem muitas conquistas no currículo, entre elas foi campeão da Copa Sesquinho deste ano; trouxe o título da Copa Caité (BH); e ficou em terceiro na Brasil de Itupeva, em São Paulo
Grupo é unido e tem muitas conquistas no currículo, entre elas foi campeão da Copa Sesquinho deste ano; trouxe o título da Copa Caité (BH); e ficou em terceiro na Brasil de Itupeva, em São Paulo

Com o objetivo de tirar crianças e jovens das ruas, Marcio Santos criou, há nove anos, o Movimento Solidário, um projeto que, por meio do futebol, promove a inclusão social de crianças e adolescentes, além de formar profissionais em Samambaia.

Marcio Santos é vigilante e ex-jogador de futebol. Atuou em vários times, entre eles o 15 de Jaú, União de Mogi, em São Paulo, e CRB, em Maceió. Hoje, o ex-craque conta com a colaboração de amigos para manter o projeto, que atende cerca de 180 atletas de Samambaia, Santo Antônio do Descoberto-GO, Ocidental-GO e Pedregal-GO, entre seis e 18 anos,

“Sempre fui apaixonado por futebol e, quando criança, sentia falta de projetos que incentivassem o esporte. Hoje, quero poder ajudar a formar cidadãos de bem e, quem sabe, futuros craques do futebol”, diz Marcio.

O trabalho desenvolvido no Movimento Solidário vai além dos campos. Quando é possível, cestas básicas são distribuídas para as famílias dos atletas mais carentes, além de consultas medicas e psicológicas. “É muito prazeroso, dá uma paz no coração ver que aqui no campo essas crianças estão não só aprendendo futebol, mas estão fora das ruas, longe do alcance da criminalidade. Já tive atleta que dava trabalho na rua e, hoje, é evangélico e ensina as crianças que chegam aqui. Esse sentimento não tem explicação. Só quem vive de perto entende como é gratificante”, declara o Marcio.

O time coleciona conquistas: campeão da Copa Sesquinho 2013, campeão da Copa Revelação, vice da Copa Caité, em Belo Horizonte, e terceiro colocado na Copa Brasil de Itupeva, em São Paulo.

O projeto vem revelando atletas. “Hoje, temos o Lucas Silva, há 18 meses no Atlético-PR; o Rafael Queiroz, no Rio Preto; e o Lucas Oliveira, no Novo Horizontina. Queremos cada vez mais revelar os craques da nossa cidade”, afirma Marcio.

Rogerio do Couto, preparador físico, é um dos apoiadores. Ele fala da importância do trabalho para os jovens. “Em um mundo tomado pelas drogas, uma mazela que rouba vidas, é extremamente importante ocupar, desde cedo, a cabeça das crianças. E nada melhor que usar o esporte para isso. Fazer parte desse projeto é muito gratificante”.

Os treinos ocorrem no campo sintético, entre as quadras 116 e 118 de Samambaia, mas Marcio sonha alto. “Meu grande desejo hoje é ter um centro de treinamento, um lugar onde os atletas pudessem, além de treinar, receber acompanhamento psicopedagogo, médico e um espaço para a construção de uma cantina, onde fosse oferecido lanche às crianças. Quem sabe disponibilizar um espaço também de cursos para as mães, como costura, artesanato, manicure, estendendo a inclusão para as famílias dos atletas”, almeja o técnico.

 Jovens longe dos riscos sociais

 

Além de Marcio Santos, o projeto conta ainda com a colaboração de Marcelo Santos, ex-goleiro; Thiago Max; Herlon; Hudson; Denis e Antônio Delfim. O trabalho faz toda a diferença. Deivid Junior Sousa é um dos exemplos. A mãe dele, Rayssa Sousa, diz que o filho está há dois anos no projeto e não regula elogios. “Fazer parte do Movimento Solidário mudou a vida dele. Era um menino agressivo e tinha péssimas notas na escola. Hoje, obedece e recebe elogios dos professores. O trabalho que o Marcio realiza é excelente. Samambaia precisa de mais ações como essa”.

Deivid é só alegria ao falar do seu time. “Aqui, sinto-me bem, não tem briga, todos os dias faço novas amizades e aprendo novas jogadas. Vou aproveitar bem essa oportunidade e espero, um dia, ser um grande profissional do futebol e ajudar minha família.”

Viagem

O time Movimento Solidário participará, entre 14 e 20 de dezembro, da Copa Nacional, em Campinas-SP. Marcio afirma que a falta de apoio faz com que o projeto não se estenda. Na Copa Nacional, participarão as quatro categorias. Isso gera um custo e quando os pais não podem pagar, corremos atrás para tentar levar todo mundo, mas nem sempre conseguimos. Se nossos governantes soubessem a importância do futebol de base para a formação de cidadãos do bem, apoiariam mais essa categoria”.

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