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Kelvin Clay: sem limites para sonhar

DSCF4500FLÁVIA FERRER
Especial para o ViverSports

Jovem sonhador e com uma enorme força de vontade, Kelvin Clay, 18 anos, praticante do Jiu-Jitsu, mostra que tem bastante talento para trilhar seus objetivos. Nem mesmo a atrofia muscular foi capaz de deixá-lo para baixo ou impedi-lo de seguir o que tanto sonha: ser campeão de Jiu-Jitsu.

Kelvin nasceu no Gama, com atrofia muscular, doença degenerativa que provoca a perda de alguns movimentos. No caso dele, ocorreu nos braços e nas pernas. Mesmo com as dificuldades, começou a lutar aos 16 anos.

“Comecei a treinar judô com o sensei Renan Vieira. Quando já tinha uns quatro meses na modalidade, comecei a fazer aulas de Jiu-Jitsu, na mesma academia. Pratiquei os dois esportes, simultaneamente, por um período. Estudava de manhã e treinava durante a tarde e à noite”, conta.

A vontade de competir veio após ingressar na turma de Muay Tai. “Interessei-me mais e senti vontade de lutar e competir. Entrei para a equipe do Piezi, para pegar o nível técnico de competição, e porque a academia Gracie Barra Piezi de Valparaíso está entre as melhores e maiores do mundo. É aqui que estão os campeões da Europa e dos Estados Unidos. Os professores e alunos me acolheram muito bem e, na época, queria lutar o Mundial Rock Strike de Jiu-Jitsu. Cheguei lá e ganhei em primeiro lugar o campeonato”.

Dentre as competições que Kelvin participou uma, em especial, serviu para que ele acreditasse que aquela ocasião seria o início de grandes momentos em sua vida. “O campeonato que eu mais me destaquei foi o 1º Open Submission, no Gama, um campeonato sem kimono. Estava quase ganhando quando o juiz tirou alguns pontos de mim por um golpe que eu dei, fiquei em segundo lugar, mas recebi das mãos do presidente da Federação de Jiu-Jitsu, Rodrigo Natalino, a medalha de prata, por ter ficado em segundo, e uma de ouro ‘honra do esporte’. Foi um momento importante pra mim”.

O próximo desafio será no Campeonato Interno Gracie Barra, o CompNet, sábado (14), no ginásio do Centro Universitário de Brasília (UniCeub), a partir de 10h.

DSCF4672Uma lição de vida a cada barreira superada

Kelvin é motivo de orgulho para o técnico Eliezer Dutra, conhecido como Piezi. “Kelvin têm dado lição de vida e estímulo a todos, vencendo seus limites, suas barreiras. Irá lutar nesse evento e eu torço por ele. Sempre o digo para não se preocupar com as palmas. Se você faz um bom trabalho, elas palmas virão”.

Mas nem só de elogios vive um campeão e na hora de cobrar, o técnico sabe exigir. “Trabalho com ele o físico, técnico e psicológico. No físico, ele aprende a se posicionar, mesmo já tem um golpe que é só dele a ‘ chave Kelvin’ – te dá uma braçada, te gira e prende e só tem um jeito de sair: batendo no tatame. Na técnica, procuro saber onde ele pode ir e se desenvolver melhor”, diz o treinador.

A participação de Piezi não para por aí. O técnico, além de ensinar a arte marcial, também cobra os estudos e o comportamento dentro de casa. “Chamo a mãe dele aqui para que ela acompanhe o crescimento do filho. Também o incentivo a se empenhar para crescer na vida e se tornar um campeão. Sou o técnico, o coordenador, o amigo, o pai dele”, declara Piezi.

Para devolver o que a vida proporcionou

Outro sonho de Kelvin Clay é se tornar professor de Jiu-Jitsu e ajudar as pessoas por meio do esporte. “Quero chegar à faixa preta, ser um professor e passar meu conhecimento a outras pessoas”.

Antes disso, o jovem deseja conquistar muitos títulos mundo à fora. “Quero poder viajar. Quase fui para o exterior, em junho. Estava a caminho de uma competição da Federação Internacional Brasileira de Jiu-Jitsu (IBJJF), com a inscrição feita, passagens compradas e a alimentação garantida, mas faltou a hospedagem e não pude ir. Porém, não desisti, quando surgir outra oportunidade, irei”.

TÍTULOS

Kelvin Clay tem cinco títulos e isso é apenas começo
– Mundial Rock Strike de Jiu-Jitsu
– Open Submission
– One The Floor Challenge Championship
– Open Valparaíso sem Kimono
– 2º Open de Santa Maria.

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