EsportesFutsalPrincipais

Minas/Icesp vence o Sub-20 Feminino

Com vitória no tempo normal e na prorrogação, equipe sagrou-se bicampeão do Brasiliense.  Confusão no fim da partida tira o brilho da competição

Kátia Sleide

Mais uma partida eletrizante entre Apcef/Adef/Upis e Minas/Icesp, com nível técnico lá em cima. Melhor para o Minas/Icesp que derrotou o adversário por 4 x 2 no tempo normal e 1 x 0 na prorrogação. Com o feito, a equipe sagrou-se bicampeã brasiliense na categoria Sub-20 Feminino, da competição organizada pela Federação Brasiliense de Futebol de Salão (Febrasa).

Quem esteve no ginásio do Cruzeiro assistiu a uma das melhores partidas do futsal feminino do Distrito Federal. O confronto foi bastante acirrado, mas as duas equipes deram um show em quadra. As torcidas também fizeram seu papel até o apito final, empurrando suas equipes.

Porém, nem tudo ocorreu como o previsto e três focos de tumulto mudaram todo o desfecho da decisão. O primeiro ocorreu quando um torcedor, que é pai de atleta do time campeão, entrou em quadra no final da partida tentando agredir o árbitro Eduardo Nolasco.

Segundo o profissional do apito, alguém questionou que uma atleta do Minas/icesp aparentava estar com um short térmico de cor diferente do calção. Ele respondeu que era uma calcinha. Mesmo assim, dirigiu-se ao banco do Minas/Icesp e também conversou com a capitã da equipe para que, se a atleta estivesse, de fato, usando um short térmico, que ela o tirasse. “Isso foi feito na maior discrição”.

E, segundo conta Eduardo Nolasco, no momento em que ele respondeu que era calcinha e não short térmico, “o torcedor em questão gritou que eu estava praticando pedofilia e começou a me ameaçar a todo tempo. Disse que a minha fala estava gravada e que a polícia iria chegar e que ao término da partida, iria me dar umas porradas”.

No fim da partida, ainda de acordo com Eduardo Nolasco, o torcedor entrou em quadra e veio pra cima dele. Eduardo Nolasco o conteve e se dirigiu aos policiais relatando que já havia recebido ameaças desde o início da partida.

A primeira confusão foi contida, mas outros dois focos de tumulto foram piores ainda. As duas dirigentes do Minas/Icesp, as gêmeas Nayeri e Nayara Albuquerque quase chegaram às vias de fato com a técnica Apcef/Adef/Upis, Tatiana Weysfield.

Tatiana lamenta toda essa situação e diz que respondeu à altura quando Nayeri disse que iria “quebrá-la”. “Elas provocaram quando vieram até o meu banco para tirar satisfação.  Eu estava tentando levar as meninas para o vestiário, mas a Nayeri chegou e veio me cumprimentar. Deu a mão e eu dei a mão a ela, mas sem aperto. Ela gritou e me empurrou: ‘Pega na minha mão direito, Chati. Não sabe perder?’. E eu respondi a ela que já havia dado a mão e que não iria dar novamente, porque não sou hipócrita. Foi quando a Nayara chegou gritando “bicampeã” e eu disse a ela que ela teria de ganhar mais cinco vezes para igualar aos meus títulos. Ela mandou eu me f… e dizendo que ia me ‘quebrar’. Respondi: então, vem! Catarina estava perto e viu que a situação poderia ficar pior e me tirou da quadra”, conta Tatiana.

Ainda no desenrolar do tumulto, Tatianta foi acusada de tentar quebrar o troféu, mas a técnica afirmou que não procede. Com a confusão, e diante de atletas dela passando mal por conta de spray de pimenta, apenas entendeu que aquele não era o momento para premiar. “Diante daquele caos, passei a mão no troféu e disse que não teria premiação, pois entendia que premiar, naquele momento, seria um absurdo”. Mas

Procurada pela reportagem, Nayeri Albuquerque conversou em off sobre o ocorrido, mas se negou a dar sua versão. Para ela, fica ao entendimento de quem estava presente.

Diante do clima acirrado entre as dirigentes e técnica, atletas das duas equipes também se exaltaram e houve troca de agressões entre algumas. A polícia, que já estava no local para conter um torcedor que tentou invadir a quadra no fim do jogo para agredir o árbitro Eduardo Nolasco, usou o spray de pimenta. Considerando que o ginásio é fechado e estava lotado, muita gente passou mal.

A diretoria executiva da Febrasa lamenta o ocorrido e, segundo o presidente, Fábio Martins, os relatórios dos árbitros Eduardo Nolasco e Valeska Caixeta e do delegado da partida vão nortear as ações da entidade.

Nolasco afirma que não viu a confusão entre as dirigentes, porque estava tentando conter o torcedor que ameaçou entrar na quadra e o agredir. Já a árbitra Valeska Caixeta disse que o relatório será feito conforme o que presenciou e espera que a Febrasa tome as devidas providências, pois fatos assim são lamentáveis e não combinam com o esporte.

Viver Sports

A voz do esporte amador no DF e Entorno, chega a versão 2.0 de seu novo Site