2015Editorial

O momento do esporte comunitário pede reflexão, ações e união

O reflexo das crises econômica e política no Brasil tem castigado todas as unidades da federação, inclusive o Distrito Federal, que já acumula suas próprias crises, herdadas pelo governo anterior, que finalizou seu mandato de maneira sorrateira e irresponsável.

O cenário é crítico e com certeza afeta todos os setores, independentemente de qual seja. E o esporte não fica de fora. Se a saúde, a educação,a segurança e o transporte, áreas consideradas prioritárias, não estão tendo a devida atenção, imagina o esporte? Será preciso muito jogo de cintura para driblar as dificuldades e continuar fazendo os eventos que são de extrema importância para a sociedade acontecerem.

Somente quem está no meio sabe da importância do esporte para a integração e inclusão social. Também para o resgate de jovens que vivem em situação de vulnerabilidade social. Essa batalha para destacar a relevância não é de hoje e, pelo jeito, não está perto do fim.

Talvez precisaremos formar várias gerações para tentar trilhar um caminho correto, porque atualmente o que se vê são pessoas querendo resolver os seus problemas pessoais sem dar a mínima para o coletivo. Não são todas, mas não são poucas.

É muito grave não haver políticas públicas sérias e continuadas visando o fortalecimento do esporte em geral. Porém, mais grave ainda é perceber que boa parte dos que estão à frente de federações, associações, ligas e demais entidades ligadas ao esporte estão utilizando de seu “prestígio” para barganhar favores que fogem do interesse coletivo.

Para não ser tão cruel e tachativa, quero afirmar que essas pessoas, na maioria das vezes, são apenas figuras que vêm de uma situação tão sofrida que acabam se tornando fantoches de oportunistas que vivem de enriquecer da miséria alheia.

Contudo, quando se isenta dos sentimentos e piedade, fica mais fácil concluir que são, na verdade, indivíduos sem valorização. Não que as pessoas tenham de se vender caro. Longe disso! Mas o que mais indigna é saber que o cidadão se vende e a preço de banana.

Onde vamos parar? Sinceramente, não sei. Recomeçar talvez seja a solução, porém, como trilhar outro rumo se as peças são as mesmas? Como pensar em construir uma base sólida se o insumo é de qualidade questionável.

Mas é preciso acreditar na humanidade, porque caso contrário, é melhor desistir de tudo!

“O recomeço só vale a pena se houver mudança de postura. Reconstruir algo que desabou por falta de base mantendo o mesmo alicerce  é correr o risco de ver tudo desabar novamente”

Viver Sports

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