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Presidente da Febrasa acredita que atividades voltem em agosto

Paulo Bulhões anseia pelo retorno da modalidade, mas garante que federação terá prudência antes de retomar treinos e competições

Augusto FernandesEspecial para o ViverSports

Com o calendário do futsal do Distrito Federal interrompido desde março devido à pandemia do novo coronavírus, a Federação Brasiliense de Futebol de Salão (Febrasa) acredita que a modalidade vai seguir paralisada por, no mínimo, mais dois meses. Segundo o presidente Paulo Bulhões, a expectativa era que a volta dos treinos ocorresse até 25 de julho. No entanto, como os números de infectados e de mortos pela covid-19 continuam crescendo exponencialmente, provavelmente, o retorno das atividades ocorrerá por volta da segunda quinzena de agosto.

“A nossa expectativa era de tentar retomar os trabalhos até 25 de julho, mas devido à quantidade de mortes das últimas semanas, que passou a marca de 50 mil, o pessoal ficou assustado. Portanto, será mais seguro que aconteça somente na segunda quinzena de agosto. O planejamento é de que os clubes tenham uma ou duas semanas para poder treinar e, se tudo der certo, voltem a competir em setembro”, disse Bulhões, em entrevista ao Viver Sports.

De todo modo, o presidente da Febrasa comentou que o cronograma está sujeito a modificações. Tudo vai depender do panorama da pandemia em Brasília nos próximos meses. “Se chegar lá na frente e o pico de contágio piorar, lógico que ninguém vai querer treinar ou competir, sobretudo em um ginásio, que é um ambiente mais fechado. Nós queremos voltar, mas não podemos dizer que será no dia 22 de agosto e ponto final”, afirmou.

“É uma situação que não dá para simplesmente estalar os dedos e voltar 100%. Faremos tudo dentro dos protocolos possíveis e embasados nas recomendações da Secretaria de Esportes, da Secretaria de Saúde, do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde”, acrescentou Bulhões.

Bulhões ressaltou que “o esporte vai ter de voltar aos poucos, com toda a cautela e prudência de uma questão sanitária”. “Não sabemos quando isso tudo vai acabar. Isso é uma realidade. É preciso um bom planejamento. Temos de seguir protocolos, orientações e, principalmente, ter o aval do atleta e da família dele. É importante saber se o jogador tem ou não o interesse de participar, porque a doença é bastante contagiosa. Apesar de a ansiedade em voltar e do amor pelo esporte, temos que manter os pés no chão”, enfatizou.

A cada duas semanas, a Febrasa promove reuniões virtuais com os clubes filiados para informar as decisões governamentais e as pretensões da Febrasa de acordo com as medidas dos órgãos competentes. Bulhões lamentou que a entidade não tenha condições financeiras para viabilizar às equipes todos os equipamentos de proteção necessários e nem as ferramentas para a testagem dos atletas. Dessa forma, ele pede que os times acompanhem de perto a situação dos seus jogadores.

“Vamos fazer o possível para que os clubes possam voltar a se preparar. Mais do que ninguém, a Febrasa tem o interesse de que as coisas aconteçam. No entanto, nós temos de respeitar as placas. Se a velocidade máxima é de 60, não podemos andar a 80”, ponderou o presidente da federação.

Assim que as atividades forem retomadas, é provável que, em um primeiro momento, os jogos oficiais sejam realizados sem a presença de público como medida de precaução. A primeira competição pós-pandemia será a Taça Brasília. Ela começaria na segunda quinzena de março, mas não foi disputada porque coincidiu com os decretos do Governo do Distrito Federal que proibiram a realização de atividades esportivas na capital por tempo indeterminado.

Ainda não há definição quanto à realização do Campeonato Brasiliense de Futsal que, tradicionalmente, é organizado pela Febrasa no segundo semestre de cada ano. “Se tudo acabasse em julho, poderíamos completar a Taça Brasília em até quatro meses e, no fim do ano, tentaríamos fazer algum evento, até para ter os dois campeonatos. Mas, por enquanto, nos parece claro que haverá só uma competição: a Taça Brasília, que nesse ano homenageia os 60 anos da capital”, destacou Bulhões.

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