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São Sebastião marca presença na Noruega

Mickael Batista, 19 anos, integra a seleção brasileira na Copa do Mundo de Futebol Social, que será realizada entre 29/8 5/9, em Oslo

A seleção brasileira de futebol social terá um atleta do Distrito Federal na Copa do Mundo de Futebol Social, a Homeless World Cup, em Oslo, na Noruega. O brasiliense Mickael Batista, 19 anos, selecionado pelo projeto São Sebastião DF, representará o Brasil, entre o dia 29 deste mês e 5 de setembro, ao lado de outros cinco garotos – Felipe, Igor, Leonardo, Leonel e Murilo – e duas garotas – Andreza e Juliana.

A competição, que chega à 15ª edição, é realizada em uma quadra reduzida de gramado sintético, com três atletas na linha e um no gol, além de quatro reservas. Atual número 1 do ranking mundial, a seleção brasileira de futebol social foi campeã em 2010, no Rio de Janeiro, e em Poznan (POL), em 2013.

Nascido em Brasília, Mickael vive em Vila do Boa, na cidade de São Sebastião. “Comecei jogando futebol na rua de casa com cinco anos e, com 11 anos, passei a disputar campeonatos na cidade”, relembra. “Eu me defino como um jogador bastante esforçado e procuro evoluir a cada treino, aprimorando algumas coisas ao meu favor”, destaca o jovem atleta, falando de suas principais qualidades no esporte.

“O esporte tem mudado muito a vida de vários jovens. Nos dá a oportunidade de sonhar, lutar, conquistar. Acho que todo mundo que joga já se imaginou vestindo a camisa da seleção brasileira. É uma sensação diferente, algo um pouco difícil de expressar, representar o País fora do Brasil”, relata.

“Se por um acaso eu não me tornar atleta profissional, gostaria de seguir uma profissão que não saísse do ramo do esporte, ser um professor de Educação Física, quem sabe?”, complementa Mickael.

Brasil é o primeiro do ranking na modalidade

O Brasil tem um bom histórico recente na competição. Além dos títulos conquistados, o País marca presença entre as quatro melhores seleções do torneio desde 2009. Vice-campeã na última edição da Copa do Mundo de Futebol Social, em Glasgow (ESC), o Brasil foi terceiro colocado em três oportunidades, 2009 (Milão), 2011 (Paris) e 2012 (Cidade do México), e quarto colocado em 2014 (Santiago) e 2015 (Amsterdã).

Os oito jogadores selecionados para competir pelo Brasil na HWC passaram por diversas seletivas realizadas pelos projetos parceiros da ONG Futebol Social, sendo eles representantes do Distrito Federal (Projeto São Sebastião DF), São Paulo (Baixada 013 São Vicente, Garotos Bunge SP e Bola da Vez Sorocaba) e Rio de Janeiro (Padre Miguel RJ, Loirinho RJ e Comunidade Complexo do Alemão RJ). Ao todo, mais de 50 organizações ao redor do País estão envolvidas nos projetos da ONG.

A seleção brasileira – Mickael é o atleta da Capital Federal. Nascido em São Paulo e criado em Osasco, Igor Oliveira, 19 anos, é o representante paulistano na competição, enquanto Felipe Pinho, de 17 anos, é de Sorocaba. Dois atletas são da Baixada Santista: Andreza Guedes, de 19 anos, nascida em Santos e moradora de São Vicente, e o goleiro Leonel da Silva, de 17 anos, também de Santos. Completam a seleção três cariocas: Juliana Conceição, de 17 anos, que hoje vive em Niterói, e Leonardo Conceição e Murilo dos Santos, ambos de 21 anos, que moram no Rio de Janeiro, no Complexo do Alemão e em Padre Miguel, respectivamente.

Atuais campeões da América – A seleção brasileira de futebol social é atual campeã da Copa América de 2017 da modalidade. Na fase de grupos foram três jogos. Na abertura, vitória contra a seleção B da Costa Rica, por 6 x 4. Em seguida, os brasileiros venceram Argentina, por 5 x 3, e o Chile, por 6 x 2. Na semifinal, um adversário que sempre complica para o Brasil: o México, batido pelo placar apertado de 5 x 4. E, na decisão, outra vez os chilenos, vencidos por 5 x 1.

Sobre a Ong Futebol Social – O Futebol Social promove um movimento pioneiro que conecta jovens e comunidades carentes de todo o País, tendo como objetivo principal integrar, motivar e fortalecer seus participantes. Fazem parte da rede Futebol Social projetos sociais e movimentos comunitários atuantes em periferias, favelas, comunidades ribeirinhas e quilombolas, entre outros grupos e regiões socialmente excluídos. Participam jovens de 16 a 21 anos, que vivem em situação precária de moradia (ou sem moradia), sob risco social e sem condições plenas de desenvolvimento. Desde 2004, o projeto já atendeu mais de 20 mil jovens, por meio da rede Futebol Social, que reúne anualmente pelo menos 50 entidades de diversos estados e regiões do país. Já participou de mais de 20 eventos internacionais em cinco continentes do mundo.

Atividades, eventos e torneios locais são realizados em diversas cidades, em conjunto com outras ações comunitárias e de cidadania. Por meio de diversas ações, a Ong busca proporcionar experiências de vida únicas a jovens que têm no esporte a chance de conhecer outras realidades e viver momentos de lazer e entretenimento, acreditando serem poderosas ferramentas na luta contra a pobreza e a violência do dia a dia. “Futebol Social: ganhar é virar o jogo!” é o lema da Ong. Um dos resultados do projeto é a formação das seleções brasileiras masculina e feminina que jogam o Campeonato Mundial de Futebol Social (Homeless World Cup) e outros eventos internacionais.

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