Weverton Luiz: espectador momentâneo

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Weverton (C), em companhia dos companheiros da AABB/Upis, durante partida na Portuguesa, sábado (6)

Atleta da AABB/Upis, que sofreu grave lesão no tornozelo, assistiu ao duelo de sua equipe contra o Cresspom, pela Taça Brasília de Futsal

Kátia Sleide

Quem acompanha os campeonatos e torneios de futsal no Distrito Federal está sentindo falta da atuação de Weverton Luiz dos Santos nas quadras da cidade. Ele é atleta da AABB/Upis e sofreu grave lesão no tornozelo, em confronto decisivo, válido pela Liga do Desporto Universitário (LDU), em 31 de março.

O ocorrido afastou o craque, por um momento, das quadras, mas ele, apaixonado pela modalidade, fez um esforço tremendo, sábado (6), para assistir ao confronto de sua equipe contra o Cresspom, pela Taça Brasília de Futsal, evento organizado pela Federação Brasiliense de Futebol de Salão (Febrasa).

Weverton, 23 anos, é figura conhecida pelos salonistas. Em 2012/13, já atuava pela AABB/Upis, saiu em 2014, mas voltou no ano seguinte. “Atuei pela AABB/Upis nos anos de 2012 e 2013. Em seguida, fui para o Sesi/Green Team, mas retornei para a origem em 2015, onde estou até hoje”, conta o atleta.

A grave lesão que o afastou das quadras este ano ocorreu em uma partida que o atleta se sente orgulhoso de ter ajudado sua equipe, mas que também o faz reviver a agonia do momento. “Estávamos em uma final contra a equipe do Icesp. Depois de estarmos ganhando a partida por 4 x 1, na qual eu tive a felicidade de marcar um dos gols, também tive a infelicidade de, em um lance que fui roubar a bola, ficar com o pé esquerdo preso na quadra e, com isso, aconteceu uma forte torção do tornozelo, que ocasionou fratura do maléolo lateral e rompimento do ligamento deltóide”, lembra o atleta.

Redes sociais

O ocorrido rendeu alguns comentários contundentes nas redes sociais quanto às condições em que o atleta ficou, do período em que se machucou até a realização da cirurgia, de 31 de março a 13 de abril.

Perguntado se ele se sentiu desprestigiado ou abandonado pela AABB/Upis neste momento crucial de sua carreira, Weverton negou. “Estamos cientes de que nem a Upis e nem a AABB nos concede plano de saúde. Agradeço muito ao Flávio Thiessen, gerente esportivo da Upis; ao Eugênio Deodato, técnico da equipe; e ao André Caiafa, também da coordenação técnica, por terem corrido atrás para conseguir que eu fizesse a cirurgia”. 

Antes de o jogador da Upis conseguir fazer a cirurgia, houve alguns boatos dando conta que o mesmo havia sido abandonado pelos responsáveis pela equipe, no caso a AABB e a Upis, porém, Weverton explica que realmente a situação era preocupante, porque, segundo ele, houve discordância dos médicos do Hospital de Base quanto ao procedimento adequado para sua situação.

Mas em momento algum ele se sentiu desprestigiado ou abandonado pelas entidades responsáveis. “Foram eles que conseguiram consultas com vários médicos para termos a certeza do tratamento adequado”, explica Weverton.

Indagado se esperava outro tratamento por parte das instituições, o atleta se diz  consciente das dificuldades que vivem os clubes e equipes de Brasília. “Acredito que fizeram o possível, dentro da realidade que vivemos. Todos sabemos que o correto é que os clubes tenham plano de saúde para os atletas, para que quando os mesmos se machucarem, serem levados a um hospital particular para fazer os devidos tratamentos, sem precisar passar pela rede pública. Mas infelizmente essa não é a realidade do momento e dentro do que poderia ser feito, os dirigentes fizeram”.

Recuperação

Para o craque, que foi atleta destaque no Campeonato Brasiliense de Futsal de 2016, agora é cuidar da recuperação. Segundo ele, a previsão dos médicos é que volte às quadras em cinco, seis meses. “Mas espero conseguir voltar antes”, planeja Weverton, que diz não haver reclamação alguma quanto ao seu tratamento até o momento.

O jogador da AABB/Upis aproveita a oportunidade para agradecer a todos pelo apoio, preocupação e carinho. “Agradeço a minha família; ao conjunto AABB/Upis; e a todas as pessoas que me visitaram no hospital e que me mandam mensagens. São essas ações que me ajudam bastante a acreditar, a ser mais forte e a ter paciência com a recuperação”.

Weverton fecha a entrevista com uma mensagem a todos os amantes do futsal. “Peço que tenhamos união para levantar o futsal de Brasília. Que possamos, sem brigas e discussões, nos unir em prol de uma causa: colocar o futsal de Brasília no cenário nacional”. E finaliza: “Quero agradecer por todas as mensagens que recebi, por todo apoio. Graças a Deus está tudo resolvido e estou me recuperando bem. Não vejo a hora de entrar em quadra novamente, defendendo as cores da minha equipe”. 

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