Os associados nomearam Cledson Marques (superintendente operacional) para ser o interventor da entidade. O pleito está marcado para o dia 28 de setembro próximo
Decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, de 12 de julho de 2016, acata pedido de três associados e anula a Assembleia Geral Ordinária, realizada no dia 30 de novembro de 2014, e dá prazo de 30 dias para a realização de novo processo eleitoral.
A sentença atende ao pedido do Clube Recreativo e Esportivo dos Subtenentes e Sargentos da PMDF (Cresspom), Fut’Art e AJJR, que entraram com ação pedindo a anulação das eleições alegando irregularidades no processo. Entre elas, os associados apontam perdão de dívidas de inadimplentes em troca do apoio e filiados que votaram sem a devida representatividade, ou seja, com suas atas vencidas há muito tempo, assim como outras que votaram com procurações sem o devido valor.
Arati Tadeu, então presidente da entidade, quando questionado pela reportagem sobre seus atos, confirmou o perdão de dívidas e afirmou que não havia razão para as contestações do grupo formado por Alex Borges (AJJR), Pedro Rodrigues de Carvalho (Cresspom) e William Cleber (Fut’Art). “Dentro das prerrogativas estatutárias e decisões monocráticas como presidente da federação, todos os atos foram cometidos de forma legal. Aqueles que têm dúvidas se foram legais ou não, devem buscar a justiça comum ou os órgãos que eles acharem competentes para questionarem a minha atitude e aí, sim, se eu achar que tenho de dar alguma explicação sobre isso, eu darei. A princípio, digo-lhe, na Federação, para que houvesse eleições, com todos os atos que o Arati tomou, não havia irregularidades”, contestou Arati, na época.
Resposta
Os associados já haviam buscado a Justiça comum e, embora a resposta tenha demorado quase dois anos, a decisão do juiz de Direito Substituto Matheus Stamillo Santarelli Zuliani veio ao encontro do que eles alegaram, assim como confirma que houve, sim, irregularidades e, por isso, anula a eleição de 2014.
A decisão do magistrado também apontou Jonas Figueredo de Lima como interventor da entidade, já o que o mesmo já estava no processo até então. Porém, Jonas Figueredo havia sido nomeado interventor, após a renúncia de Arati Tadeu, em setembro de 2015, mas também renunciou ao cargo em menos de um mês.
Em 31 de outubro de 2015, o segundo vice-presidente, Carlos Roberto B. Morales, último membro da chapa Novo Futsal Brasília, foi empossado pelos filiados, em assembleia realizada no ginásio do Cruzeiro. O novo presidente nomeou Jonas Figueredo como superintendente operacional e o mesmo renunciou mais uma vez.
Mudança
Já que o TJDFT considerou as eleições de 2014 irregulares e Carlos Roberto Morales fez parte do processo em questão, o mesmo não poderá ficar no cargo sem que haja outro pleito. Sendo assim, o superintendente operacional da Febrasa, Cledson Marques, que havia sido empossado pela assembleia no final do mês de fevereiro deste ano, convocou AGE para o dia 29 de julho, na qual os associados o elegeram, por unanimidade, interventor da Febrasa. O mesmo deverá prestar contas da gestão anterior (do período de 31 de outubro até então) e conduzir o novo processo eleitoral da Febrasa. Cledson Marques, interventor da Febrasa, já divulgou o edital convocando as eleições para o dia 28/9/2016.
Crise
Em setembro de 2015, o jornal Viver Sports produziu uma série de reportagens sobre as irregularidades da Febrasa. Confira nos links abaixo:
http://viversports.com.br/viversports//crise-sem-precedente-na-febrasa/
http://viversports.com.br/viversports//febrasa-uma-federacao-e-varias-interrogacoes/
http://viversports.com.br/viversports//presidente-do-tjdfebrasa-pune-equipes/
http://viversports.com.br/viversports//14303/
http://viversports.com.br/viversports//assembleia-da-posse-ao-novo-presidente-da-febrasa/
[…] O processo eleitoral que elegeu a chapa formada por Fábio Martins (presidente); Paulo Bulhões (1º vice-presidente); Hélio Tremendani (2º vice-presidente); e mais seis conselheiros fiscais começou no dia 29 de julho deste ano, após decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, de 12 de julho de 2016, que acatou pedido de três associados e anulou a Assembleia Geral Ordinária que elegeu o presidente Arati Tadeu Antunes, em 30 de novembro …. […]
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