A Seleção Feminina Sub-17 de futebol disputará o Sul-Americano do Paraguai, de 12 a 29 de setembro. A técnica, Emily Lima, já convocou seu elenco e entre as atletas que podem fazer parte da equipe estão quatro conhecidas que atuam no Distrito Federal. São elas: Nycole Raysla, 13 anos, e Ana Beatriz, 11, do G-10, equipe de Sobradinho; e Victoria Kristine Albuquerque de Miranda, 15, e Ellen Nogueira, 16, que atuam no Fluminense de Ceilândia.
Vinte e oito garotas foram convocadas e cinco serão dispensadas. Ana Beatriz não viajou ainda, mas pode ser chamada a qualquer momento. Mesmo assim, mostra-se empolgada.
As demais embarcaram segunda-feira para o Rio de Janeiro, onde participarão dos treinos. Para Cristiane Albuquerque, treinadora e mãe de Victoria, o sentimento é de dever cumprido. “A minha família é abençoada. Tenho quatro filhos e todos jogam futebol, tanto é que a inspiração da Vick (Victoria) é o irmão mais velho, Victor Hugo, que teve passagem pelo CFZ do Rio, Fluminense e Limeira. Estamos muito felizes com a convocação dela. Isso é fruto de muito trabalho e esforço”, conta a mãe.
Cristiane sabe das dificuldades que o futebol feminino enfrenta. “Trabalho com o futebol feminino desde 1995. Não é fácil, pois o preconceito é grande demais. Esperamos que isso mude. Na verdade, já está mudando”.
Com Ellen, a história não é diferente. A família está confiante no talento e habilidade da jovem atleta. “A família da Ellen está muito feliz, mas ainda ansiosa, pois haverá ainda cortes na seleção. Só vão comemorar quando sair a confirmação. Eu acredito, sim, que elas têm capacidade de sobra para irem ao sul-americano”, afirma a treinadora.
Dos campos de Sobradinho para o Brasil
O técnico e coordenador do time G-10, Gilberto Lopes de Araújo, conta que não ficou surpreso com a convocação de Nycole. “Ela é muito determinada, é destaque do time. Foi a artilheira do campeonato da Sub-14. Tem grandes chances de ficar na seleção”.
Ana Beatriz aguarda sua vez de participar dos treinos. Segundo Gilberto, a atleta surpreendeu. “A Ana Beatriz joga muito bem, é disciplinada e suas atuações são sempre dignas de elogio, mas não esperávamos por causa da pouca idade. Foi uma surpresa”, conta.
Gilberto conta que mesmo sabendo da importância dessas convocações, conversou bastante com as atletas sobre as possibilidades. “Falei para elas da importância de fazer um teste para a seleção, mas deixei claro que se forem cortadas, a experiência já valeu a pena. Vão lá e façam o melhor”, explica Gilberto.