Durante encontro, presidente da CUFA-DF anunciou crescimento do campeonato para 2020: “teremos uma final nacional”
Domingo (4/8), o auditório do Museu Nacional da República recebeu os jogadores dos times femininos e masculinos selecionados nas peneiras da Taça das Favelas Brasília para o Congresso Técnico. O objetivo do evento foi informar sobre a mecânica do campeonato que acontece de 17 de agosto a 28 de setembro de 2019, além de promover palestras e workshops sobre o mundo da bola e assuntos que geram impacto na autoestima dos jovens, como educação, empreendedorismo e economia criativa. A apresentação das atividades ficou por conta da influenciadora Izabela Boreli e do rapper Vicente Blood.
No encontro, estiveram presentes cerca de 800 atletas representando os 48 times selecionados para a competição masculina e feminina, além da comissão técnica. O número total de participantes do campeonato no DF é de 1.056 jogadores, sendo 704 atletas representando 32 times masculinos e 352 atletas, de 16 times femininos.
Nos times masculinos, o campeonato ficou distribuído em oito chaves com quatro times, já para os femininos serão 4 chaves com 4 times cada. Os dois melhores times de cada grupo se classificam para a próxima fase.
Durante a abertura o presidente da CUFA DF, Bruno Kesseler, recebeu os jovens jogadores e ressaltou a importância do campeonato.
“Obrigada pela participação de todos vocês, para nós é uma felicidade muito grande chegar nesse momento. Sabemos que não é fácil, mas é muito gratificante ver a Taça das Favelas crescendo, e espero que, cada vez mais, possamos crescer juntos. ”
Ainda no Congresso, um anúncio oficial agitou a plateia. “Começamos com esse projeto há 8 anos, no Rio de Janeiro, e hoje o campeonato já acontece em 17 estados do Brasil. Com isso nós entendemos a importância de unificar esse evento, por isso, a partir de 2020 nós teremos uma Taça das Favelas nacional”, garantiu Bruno, em meio aos aplausos animados dos jogadores.
Convidado a subir no palco, representando a Rosa dos Ventos Produções, instituição que também é responsável pela realização da Taça das Favelas Brasília, Euler Oliveira, diretor executivo, ressaltou a importância da representatividade.
“Para a Rosa dos Ventos é um prazer muito grande estar em um evento como esse, com essa magnitude. Aqui nós vamos dar visibilidade aos jovens da periferia, negros, aqueles que menos têm atenção nesse país. Precisamos cada vez mais da presença de vocês nos campos de poder. Nada melhor do que ter uma plateia cheia de jovens da periferia no museu nacional, mostrando a verdadeira cara do Brasil. Vocês são o real futuro desse país”, afirmou.
Participação de quem veio de longe
Para Susan Cortes, de 23 anos, que irá disputar a Taça das Favelas Brasília com o time feminino do Recanto das Emas, o Congresso Técnico superou as expectativas. “O evento foi sensacional. Ver essa quantidade de atletas, masculinos e femininos, correndo atrás de um sonho é muito lindo”, destacou a atacante.
Assim como muitos atletas que irão disputar o campeonato, Susan veio de longe, de Cristalina-GO, para participar. Ela é professora de educação física e nos finais de semana vem a capital comparecer aos treinos.
“Quando consigo um substituto para ficar no meu lugar no trabalho, venho para os treinos durante a semana também. O nosso treinador entende e sempre diz que sou peça fundamental no grupo, por isso faço tudo para estar presente sempre que posso. O que a gente quer é ser feliz dentro do campo”, finaliza Susan.
Sobre a Taça das Favelas
A Central Única das Favelas do Distrito Federal (CUFA DF), em parceria com a Rosa dos Ventos Produções, traz para a capital, a 3ª edição da Taça das Favelas Brasília, campeonato de futebol de campo, que visa dar oportunidade aos jovens talentos de comunidades locais. No total, são 48 times, sendo 32 masculinos, compostos por jovens entre 14 e 17 anos e 16 femininos, representando as 32 RAs do DF, além de Cidades do Entorno.