“Berg” – Comerciante e cidadão atuante
O ViverSports traz uma série de reportagens com cidadãos que colaboram para a melhoria do esporte no Distrito Federal e que vão disputar as próximas eleições. O objetivo é mostrar aos eleitores quem são, o que fizeram e fazem e o que poderão realizar, caso sejam eleitos no próximo pleito.
Nesta edição, o entrevistado é Rosemberg Leite, o Berg. Morador do Cruzeiro, há 28 anos, o candidato a deputado distrital pelo Partido Socialista Liberal (PSL) fala de sua luta pela legalização dos quiosques do Distrito Federal; de seu apoio ao esporte; e de outras propostas que vão beneficiar os demais setores.
Quando chegou ao DF e quais foram suas primeiras conquistas?
Nasci em Mossoró-RN e vim para cá com o objetivo de encontrar a família do meu pai, que já morava no DF há alguns anos. Vim direto para o Cruzeiro e aqui comecei a vida de comerciante e também constituí minha família. Casei-me com Mary Lucia Carlos e tivemos três filhos lindos.
Em 1993, comecei uma sociedade em um quiosque, localizado na quadra 1.303 do Cruzeiro Novo. Pouco depois, a parceria foi desfeita e segui meu caminho sozinho. Em 1995, o Governo do Distrito Federal fez uma espécie de “arrumação” com os quiosques de todo o DF. Alguns foram fechados e outros ganharam uma concessão. A minha foi para a quadra 1.401 do Cruzeiro, onde estou até hoje. Mas não foi fácil chegar até aqui, assim como não é para grande parte dos quiosqueiros do DF, porque basta mudar o governo e as coisas degringolam. Somos trabalhadores, empregadores e, mesmo assim, somos muito perseguidos.
Por que resolveu entrar na política?
A política faz parte da vida de todo cidadão e é preciso que as pessoas queiram participar. Como quiosqueiro e vendo minha categoria passar por várias dificuldades, decidi que precisava atuar politicamente. Engajei na luta da União dos Proprietários de Trailers, Quiosques e Similares (Unitrailers-DF) como delegado e representante da categoria que atua no Sudoeste, Cruzeiro e Octogonal. Buscávamos a aprovação da Lei 4.257/08, que, na época, devido a um acordo político, estava para ser votada sem beneficiar os comerciantes que ocupam áreas de até 120m².
Durante a votação, procurei o deputado Paulo Tadeu e conseguimos barrar. Caso contrário, muitos comerciantes seriam prejudicados, principalmente os que empregam, em média, 25 trabalhadores, cada. Por isso, desliguei-me da Unitrailers, pois entendi que ela não representava todos os comerciantes da categoria. Até hoje, a luta é constante para que os quiosqueiros tenham sua situação regularizada e continuem a trabalhar de cabeça erguida, sem sobressaltos.
Fale sobre sua atuação pública?
Sempre trabalhei pela minha categoria, mas sem me esquecer da responsabilidade também com minha cidade. Por isso, fui delegado do orçamento participativo do Cruzeiro por dois anos e, em 2012, fui eleito prefeito comunitário, cargo que me afastei este ano, devido à candidatura para distrital.
Além disso, sou uma pessoa que acredita muito no esporte como ferramenta social, por isso, sempre que posso, apoio esportistas da cidade, assim como abracei o projeto Ovelhas de Kimono, desenvolvido na Igreja Fonte de Água Viva, sob a supervisão do professor Mazinho. O trabalho começou no Cruzeiro, mas já está chegando a outras regiões administrativas.
Quais são suas principais propostas para o DF?
Quero a regularização dos quiosques em todo o Distrito Federal. E não estou aqui para apoiar apenas os quiosqueiros, mas todos os comerciantes do DF. Precisamos de um representante na CLDF para dar voz a esse setor que tanto emprega, paga seus impostos e pouco apoio tem para seguir trabalhando em paz.
Também insisto que é preciso criar conselhos de esportes em cada região administrativa com a união das lideranças esportivas das cidades. Somente assim, poderemos viabilizar projetos e evitar que nossas crianças e adolescentes se envolvam com drogas, que parem de estudar ou que deixem suas famílias para viver em situação de risco.
Acredito também que é preciso lutar pela destinação de áreas para as igrejas. O trabalho social e religioso realizado por elas é de extrema importância e só terá um alcance maior, se tiverem espaço para trabalhar.
Você tem alguma proposta especial para o Cruzeiro?
Sim. Quero defender os interesses de todos os comerciantes, independentemente de serem quiosqueiros. E também entendo que precisamos resgatar algumas coisas que perdemos na cidade. Atualmente, não dispomos de agências dos principais bancos na região administrativa. Não temos um cartório de nota e não dispomos de casas lotéricas na cidade. O que tínhamos foi tudo para o Sudoeste. Penso também nas mães do Cruzeiro. Elas merecem uma creche comunitária para deixar seus filhos. Vou lutar para que consigamos construir pelo menos uma entre o Cruzeiro Novo e o Velho.
Quer mandar algum recado para os eleitores?
As demandas são muitas e todas que citei até aqui só poderão ser atendidas se tivermos um representante na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Por isso, peço um voto de confiança de todos os moradores do Cruzeiro e comerciantes do DF. Com a ajuda de vocês, vamos vencer essas batalhas.