Estudante do DF é estrela do tênis nas Paralimpíadas

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Jade Lanai: “Sempre gostei de esportes; além de um hobby, era uma forma de tratamento” | Foto: Douglas Magno / CPB

Fonte: Agência Brasília

A semana tem sido de muitas emoções para a jovem Jade Lanai, de 15 anos. A estudante do CEF 05 de Brasília conquistou duas medalhas de ouro nas Paralimpíadas Escolares, foi porta-bandeira na abertura do evento e soube, durante a competição, que está classificada para o torneio Junior Masters de tênis em cadeira de rodas, a ser realizado em janeiro de 2020, na França.

Na sexta-feira (22), a atleta fez um jogo duro, mas venceu a final do simples nas Paralimpíadas Escolares, realizada em São Paulo. No dia anterior, ela havia conquistado o ouro nas duplas com o parceiro Arthur Dantas.

A trajetória de sucesso começou justamente nas Paralimpíadas, em 2016, quando a jovem fez sua estreia em competições. “Acho que os jogos escolares são muito importantes, pois é onde podemos mostrar nosso potencial e ser vistos”, avalia. “Foi lá que percebi que realmente queria competir”.

A descoberta do tênis

Antes de chegar ao tênis, Jade chegou a praticar diversas outras modalidades esportivas, como natação, basquete, vôlei e badminton. “Sempre gostei de esportes; além de um hobby, era uma forma de tratamento”, conta. Mas foi no tênis que ela percebeu que poderia ir mais longe. “Fiz uma aula experimental, que acabou virando um mês, e depois nunca mais larguei”.

Com o bom desempenho nas Paralimpíadas Escolares de 2016, quando tinha apenas 12 anos, a atleta foi convocada para o Parapan Juvenil, onde conquistou um bronze na categoria simples e uma prata nas duplas.

De lá para cá, ela acumulou diversas conquistas, que a levaram ao posto de uma das melhores jogadoras em cadeira de rodas do mundo. Mesmo tão jovem, Jade já é a 39ª no ranking mundial feminino. Entre as atletas juvenis, é a quarta melhor do planeta. “Sempre quis ser profissional, mas não esperava que os resultados viessem tão cedo”, diz.

Rotina de treinos

Para manter o bom rendimento, Jade treina quase diariamente. De segunda a quinta-feira, acorda às 5h30 e sai de casa, no Sol Nascente, para a Asa Sul, onde treina por cerca de duas horas. Após tomar um banho, segue rumo à escola, na 408 Sul, para almoçar e depois assistir às aulas.

“Ela tem um poder mental muito forte”, elogia o técnico Vinicius Cyrillo. “Mesmo em jogos fáceis, ela mantém a concentração. Fora das quadras, essa determinação permite que ela trace metas e conquiste os objetivos desejados.”

Quanto ao futuro, Jade acredita que seguirá a carreira esportiva, mas sem deixar de lado os estudos. “Quero estudar algo relacionado ao esporte, provavelmente fisioterapia, pois é uma atividade que tem sido muito importante para mim e gostaria de exercer com outras pessoas”.

Os objetivos no tênis, por sua vez, são mais ambiciosos. “No próximo ano, quero melhorar meu ranking e trabalhar bastante para me classificar para as Paralimpíadas de Paris, em 2024. Mas quem sabe eu não consiga ir para Tóquio, né?”, afirma. Talento e torcida não lhe faltam.

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