A equipe D’Castronasceu em 2013 com o intuito de reunir os parceiros da bola em rumos mais promissores
O sucesso no futebol profissional é o sonho de crianças e jovens. Uma fatia muito pequena consegue, mas a grande maioria fica fora do cenário que tanto desejou. Para muitos, a frustração é certeira, enquanto para outros, a paixão pela modalidade é o que vai fazer a diferença. Danilo Castro é uma dessas pessoas.
Apaixonado por futebol, ele não conquistou o sonho de ser um profissional da bola, mas se sente realizado por viver rodeado de amigos que respiram o esporte desde crianças.
“Jogávamos por mera brincadeira e em cada partida era a realização de um desejo. O tempo passou, tornei-me homem, pai de família e empresário. Minha empresa e o time têm o mesmo nome, mas a paixão pelo time está em primeiro lugar”, conta Danilo Castro.
Ele consegue resumir bem o sentimento: “Homens, pais de família, trabalhadores, brincalhões, apelões, feios, bonitos e amigos. Todos são meus amigos”. O empresário conta que o tempo distanciou muita gente, alguns seguiram caminhos diferentes, outros, lamentavelmente, optaram pelas drogas. “Então, em 2013, diante dessa situação, logo pensei em criar o time, pois teria a oportunidade reuni-los e evangelizá-los para promoverem mudanças em suas vidas”, acredita.
Segundo ele, “os principais objetivos da equipe é reunir os amigos e ter a oportunidade falar de Cristo fazendo o que mais gostamos, que é jogar bola”. A equipe, que nasceu em Ceilândia, envolve 45 pessoas. Os recursos para manter o grupo vêm do empresário. Além dos jogadores e do presidente, Danilo Castro, estão à frente do time o auxiliar Ruan Rodrigues e os preparadores físicos Edmilson Costa e Clark Antônio.
Com dois anos de existência e três títulos, o melhor de tudo, de acordo com o presidente, é estar em campo. “Reunir todos os atletas não é tarefa fácil, mas quando estamos juntos, honramos a camisa, a chuteira, o meião, o short, as luvas e, principalmente, nossa amizade. Nosso lema é jogar para ganhar e discutir, por muito tempo, cada drible, ‘sainhas’, vexames, e também comemorar as vitórias”.
Danilo conta ainda que o time, quando entra em campo, um joga pelo outro. “Fazemos valer a jogada dos meninos de Ceilândia apaixonados por bola. Todos nos conhecem pelo número da quadra onde moramos, pois vestimos a camisa de onde tudo começou”.
E o presidente completa: “Sei que não iremos agradar a todos, mas entramos com pensamento de conhecer mais jogadores tão bons quanto nós e fazer mais amizades por meio de uma brincadeira que nasce no coração de qualquer moleque, a bola.
Várias famílias reunidas por uma só paixão
Danilo Castro, 27 anos, é empresário e um apaixonado confesso pelo futebol. Ele é o “cara” que aguenta as desavenças, os momentos de raiva e também tem de decidir quem joga e quem fica no banco. A missão, segundo ele, é difícil, pois cada um tem sua habilidade incontestável.
Com toda essa responsabilidade, Danilo Castro não reclama. Ao contrário, não economiza palavras para estampar tamanha satisfação com a equipe. “Não jogamos bola e, sim, fazemos dela uma grande companheira em campo para não perdemos de vista. Futebol é arte, é paixão, é o desejo realizado sempre em nossos corações”.
Mesmo diante de tantas coisas positivas, ele acredita que o futebol amador poderia melhor se houvesse mais divulgação. Enquanto isso não vem, ele continua sonhando ver cada atleta seguindo os passos de Cristo para, em seguida, realizarem-se em suas áreas profissionais e constituir famílias estruturadas.