Pode parecer piegas, repetitivo, cansativo, mas vale lembrar que o sucesso não vem por acaso. Em qualquer esfera, para alcançá-lo, é preciso ter no mínimo comprometimento, dedicação e união. Seja no esporte individual ou coletivo, esses três ingredientes são básicos para que as conquistas venham.
Temos muitos exemplos de modalidades que não são tão fortes como os atletas gostariam, porque há divisões, várias federações e nada de união. Nesses casos, é quase impossível que se chegue a algum lugar. Faltará apoio, patrocínio, divulgação, organização, reconhecimento e, consequentemente, sobreviverá na marra.
No caso do futebol amador, sabe-se da força e do quanto o esporte movimenta as regiões administrativas do Distrito Federal, com várias pessoas envolvidas, entre elas craques, presidentes de ligas, árbitros, comerciantes locais e familiares.
Crianças, jovens e adultos vão ao encontro, nos campos da cidade – sejam eles terrão, gramado ou sintético – do sonho, da capacitação e do entretenimento. Ou seja, uma modalidade que mexe com pessoas de todas as idades só pode ter força. E mesmo assim, pergunta-se nos quatro cantos do Distrito Federal: Por que não conseguimos transformar essa força em números que venham beneficiar tanto adultos quanto crianças?
A resposta é muito simples: falta união. Nas categorias de base, a maioria dos professores fazem questão de frisar aos atletas que adversários não são inimigos. Talvez isso precise ser trabalhado com os adultos. Precisamos de mais reuniões, de congressos, palestras, cursos de captação de recursos, reciclagem. Devemos trocar mais ideias, experiências e soluções uns com os outros; dividir as dificuldades e vitórias e, quem sabe, extrair soluções plausíveis para todos.
Cada cidade tem seus líderes do futebol amador, mas, no fundo, as coisas se repetem, as fórmulas, os regulamentos, as dificuldades, os sucessos, as histórias. Os encantos e desencantos são praticamente os mesmo. A força das ligas de futebol amador não está na quantidade de campeonatos e premiações que fazem por ano, mas na importância que dá a atletas e seus familiares.
Está chegando a hora de rever alguns conceitos. De unir força para fazer acontecer no futebol amador do Distrito Federal.