Depois de chegar a três finais e sair como vice, time empata com o D’Castro em 3 x 3, vence o duelo nos pênaltis e levanta o troféu de campeão de Taguatinga
O equilíbrio deu o tom na final do Campeonato Amador do Paradão, em Taguatinga. Com grande atuação das duas equipes, em disputa bastante acirrada, entre D’Castro e União 22, melhor para o União 22, que conquistou seu primeiro título na Liga Esportiva Independente de Taguatinga.
No primeiro tempo, a equipe do D’Castro, do presidente Danilo, ditou o ritmo do jogo. Mas na segunda etapa, o União 22 veio com tudo e não quis saber de brincadeira. O duelo terminou empatado em 3 x 3 e a decisão foi para as cobranças de pênaltis.
O nervosismo tomou conta das duas equipes, mas o União 22 vinha de uma situação um pouco mais complicada, pois já chegou a três finais e não saiu com nenhum título. Desta vez, para alegria geral da equipe e para consagrar um trabalho realizado há 15 anos, o time venceu o adversário por 5 x 4 nos tiros livres e levantou o troféu de campeão do Paradão.
Matheus Lúcio (D’Castro) foi o goleiro menos vazado da competição. A artilharia, pelo segundo ano consecutivo, ficou com Rildo (Real).
A competição
A Liga Esportiva Independente de Taguatinga é responsável pela organização dos campeonatos do Paradão. Dezesseis equipes participaram da última competição: D’Castro; Real; União 22; CNB FC; Dínamo; Juventus; Amigos; América; Elite 7; Imperial; Riacho Fundo; Corinthians-DF; Rei do Pão; Internacional; Atlético e Trivela.
Apoio
O campeonato teve o apoio da Secretaria de Esporte, por meio do Programa Boleiros, porém, até a realização da última partida, apenas três rodadas haviam sido pagas. Também contou com o apoio do deputado distrital Julio Ribeiro (PRB), que prestigiou o evento com sua presença no duelo decisivo.
Quinze anos de dedicação e luta
Criado em janeiro de 2002 por um grupo de jogadores, o União 22 remou muito até chegar ao título de campeão do amador do Paradão (Taguatinga). A ideia de fundar uma equipe surgiu dos próprios jogadores, pois 90% eram integrantes do Itamarati, porém, como a grande maioria do elenco era de Ceilândia e também não havia, por parte da presidência do time em questão, interesse em disputar competições e, sim, apenas amistosos, os atletas decidiram por montar uma equipe para tal.
A intenção, segundo Samuel Mendes, um dos dirigentes do União 22, era somente a diversão. “Não pensamos em investir em um time, queríamos apenas nos divertir, só que acabou virando um time de chegada”, conta Samuel.
A equipe conta com quatro pessoas na coordenação: Samuel Mendes, Marcelo Silva, Eduardo da Silva e Ricardo Lima. De 2002 para cá, prevaleceu o amor pelo futebol. As despesas para manter a equipe é dividida por todos e mesmo com 15 anos de existência e chegando em várias finais, a dificuldade para arrumar patrocínio é grande.
“Nosso time é muito bom e jogamos juntos há muito tempo. Excelentes jogadores já passaram pelo União 22. Temos história e mesmo assim não conseguimos, até hoje, patrocínio. Vamos levando até onde der”, afirma Samuel.
Além do título do Paradão, conquistado em 29 de novembro passado, o União 22 já venceu a Copa Mizuno. “Perdemos as últimas três finais e já estávamos nos sentindo mal, pois nos comparávamos com o Vasco, só vice”, brinca Samuel.
A base
As dificuldades do União 22 não são diferentes das muitas barreiras enfrentadas por vários times amadores do Distrito Federal. Contudo, Samuel ainda acredita no sucesso da categoria, desde que haja mais investimento nos novos talentos. “Temos de investir e dar mais atenção às categorias de base. Tem muitos jogadores bons espalhados pelo DF e eles precisam de mais oportunidade”.
Samuel deixa uma mensagem para quem quer entrar forte no futebol amador: “É preciso ter uma boa equipe, por se não, só leva taca. E para ter formar uma boa equipe, é preciso conseguir um patrocínio bom”, finaliza o dirigente do União 22.
