A partir desta edição, o ViverSports traz uma série de reportagens com cidadãos que colaboram para a melhoria do esporte no Distrito Federal e que vão disputar as próximas eleições. O objetivo é mostrar aos eleitores quem são, o que fizeram e fazem e o que poderão realizar, caso sejam eleitos no próximo pleito.
Apenas participarão os candidatos que, nos últimos três anos, estiveram presentes com políticas públicas e participação direta no esporte, independentemente da região administrativa, partido ou modalidade esportiva.
Julio Cesar Ribeiro abre a série de reportagem. Depois de 18 meses à frente da Secretaria de Esporte, ele se prepara para deixar a pasta, a partir do dia 1º de abril. O motivo da saída é o cumprimento do prazo de desincompatibilização, estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral aos ocupantes de cargo, emprego, mandato ou função, pública ou privada, que tem interesse em disputar mandatos políticos nas eleições.
Ao jornal ViverSports, ele fala do trabalho à frente da secretaria, do legado deixado para a população e de seu futuro político no DF.
Secretário Júlio Ribeiro, você disputará as eleições para que cargo?
Estou aguardando a decisão do meu partido – o Partido Republicano Brasileiro (PRB) – sobre o meu futuro político no Distrito Federal, mas essa definição só virá em junho. Nesta última semana, estou finalizando meus compromissos com a Secretaria e cuidando para que os projetos propostos pelo Governo do Distrito Federal sigam a todo vapor.
Com sua saída, o que comunidade pode esperar da Secretaria do Esporte?
Se for seguir a ordem natural, o Célio René, hoje, adjunto, ficará responsável pela pasta. Portanto, tudo seguirá como antes. Não acredito que possa regredir. Deixamos um legado e a população pode ficar tranquila quanto ao trabalho que vinha sendo desenvolvido, pois ele continuará em boas mãos.
O que fará nesses próximos meses, já que estará fora da Secretaria de Esporte?
Participarei de um comitê representando a comunidade. Assim, poderei acompanhar mais de perto as dificuldades do esporte. Gosto de estar mais próximo do povo e aqui na secretaria, sinto-me preso. Nesse período, vou adquirir mais experiência e ficarei mais por dentro das demandas da população no que diz respeito ao esporte.
Como se sentiu à frente de uma pasta tão importante para a comunidade quanto a Secretaria de Esporte?
Quando cheguei, não conhecia as demandas do esporte. Muitos questionavam meu entendimento na área. Mas posso dizer que em um ano e seis meses, contribui bastante, porque houve garra, compromisso e dedicação.
Caso venha a ser distrital, o que os esportistas do DF ganharão?
Na Secretaria de Esporte, fomos a campo e conseguimos mostrar o que era preciso mudar e mudamos muita coisa. Acredito que, como distrital, contribuirei mais ainda. Hoje, já conheço grande parte das demandas e sei que posso unir muito mais pessoas em torno de um objetivo, que é o esporte.
Quais projetos você acredita que melhor atenderam a comunidade do DF?
Vários. O Programa Futuro Campeão, que é desenvolvido nos Centros Olímpicos e voltado para a formação de talentos por meio da prática esportiva. O Programa Boleiros, que no ano passado beneficiou 2 mil times e 500 árbitros, executando 8,1 mil jogos, em 28 regiões administrativas. O Compete Brasília, apoiando atletas de alto rendimento com passagens aéreas e terrestres. Os próprios Centros Olímpicos, em especial o do Setor “O”, que houve um esforço enorme do governo para que ele fosse inaugurado, assim como outros. O Bolsa Atleta, que tem o objetivo de garantir recursos para a manutenção pessoal dos atletas em plena atividade esportiva que não possuem patrocínio. Este ano, 106 de várias modalidades receberão o benefício.
Entre os projetos desenvolvidos, destacaria quais?
O Compete Brasília, por exemplo. Em 2011, o programa atendeu pouco mais de 300 atletas. Em 2012, beneficiou mais de mil atletas e 240 para-atletas em seus diversos destinos. No ano passado, mais de 2,5 mil foram atendidos pelo programa. Uma mudança muito importante.
O Programa Boleiros também é de extrema valia para a comunidade. Por intermédio dele, o Governo do Distrito Federal custeou, em 2013, a arbitragem de mais de 8 mil jogos. E fecharemos esta semana com a publicação das entidades contempladas em 2014.
Qual deles pode ser considerado o maior legado para o Distrito Federal?
Todos foram e continuam sendo muito importantes. Mas estou muito contente, também, com a Bolsa Atleta Paralímpica. O Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Esporte, cumpre uma etapa para o desenvolvimento do esporte paralímpico no Distrito Federal.
A partir deste mês, 120 para-atletas serão contemplados, pela sua respectiva federação esportiva, nas modalidades de atletismo, badminton, basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol de 7, futebol de 5, futebol de campo para pessoa surda, futsal para pessoa surda, goal ball, natação, rugby, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, tiro com arco, vela, ciclismo, hipismo, remo, vôlei de areia para pessoa surda e vôlei sentado.
E também estamos muito felizes com a implantação das artes marciais nos Centros Olímpicos. Foram várias as ações e mesmo com minha saída, não acredito que elas serão prejudicadas. Os projetos propostos pelo Governo do Distrito Federal e executados pela Secretaria de Esporte terão continuidade.