Sambola, Ceilândia, Botafoguinho e Fúria Negra levantam os troféus de campeões da competição
O domingo (20) foi marcado por uma grande festa nas finais do Campeonato Brasiliense de Beach Soccer. Com duelos de arrepiar, foram definidos os donos dos troféus das categorias Veterano, Sub-17 Feminino e Masculino e Adulto Feminino e Masculino.
Veterano
Pela Veterano, show da rapaziada mais experiente, no confronto em que o Sambola derrotou a Aruc por 9 x 4 e faturou o troféu de campeão. O Sambola fez barba, cabelo e bigode, ao completar o título com a artilharia de Gilson, que marcou 6 gols, e ficando com a defesa menos vazada da competição.
Sub-17
Em seguida, entraram em campo as meninas da categoria Sub-17 Feminina. Em duelo bastante acirrado, o Ceilândia derrotou o Cesea por 4 x 3 e fez a festa na arena da Aruc. O time também fez o serviço completo no Brasiliense, com Alice na artilharia da competição, marcando 8 gols; e tendo a defesa menos vazada; Helena, de apenas 11 anos, foi destaque do campeonato.
Na sequência, foi a vez da garotada da Sub-17 Masculina disputar o título. Em partida bastante disputada, o Botafoguinho venceu o Fokkus por 8 x 6 e soltou o grito de campeão. Guilherme (Botafoguinho) levantou o troféu de artilheiro, com 11 gols assinalados na competição. O time campeão também teve a defesa menos vazada.
Categoria Principal
As decisões da categoria Adulto dos naipes Feminino e Masculino fecharam o grande evento realizado na Aruc.
Adulto Feminina
Em disputa de gente grande, o Ceilândia levou a melhor na decisão da Adulto Feminina, ao derrotar o Cesea por 4 x 3, para comemorar mais um título”. Ivonete, da equipe Arraias, foi a artilheira da categoria, com 11 gols marcados. O troféu de defesa menos vazada também ficou com o time campeão.
Adulto Masculina
A partida que definiu o campeão da categoria Adulto Masculina encerrou o grande evento, que consagrou o Fúria Negra (Planaltina) campeão, após vitória por 14 x 8 em cima da equipe da Estrutural. A partida foi recheada de golaços, com destaque para o gol de bicicleta de Kleitinho (Estrutural).
Luiz Henrique levantou o troféu de artilheiro da categoria. O craque da seleção brasileira balançou as redes 14 vezes no campeonato. O Planaltina também ficou com a defesa menos vazada da competição.
Os jogos finais, que contaram com a narração de Valter Rodrigues e Jair Alexandre, tiveram a presença do deputado distrital Reginaldo Sardinha (Avante) e do deputado federal Julio César (Republicanos).
A competição
O Campeonato Brasiliense de Beach Soccer teve a organização e chancela da Federação de Beach Soccer do Distrito Federal e contou com o apoio da Secretaria de Esporte e Lazer do DF (SEL-DF), por meio do Termo de Fomento nº 57/2021, com emenda parlamentar do deputado distrital Reginaldo Sardinha (Avante).
A competição organizada pela Federação de Beach Soccer do DF também contou com parceria inédita com o Instituto Mover da Vida (IMV), responsável pela execução do projeto.
Presidente destaca a superação da modalidade
Para o presidente da Federação de Beach Soccer do Distrito Federal, Paulo Bulhões, mesmo diante de tantas dificuldades que existem para fomentar a modalidade no Distrito Federal, é preciso destacar a superação com a realização do campeonato que teve 40 jogos e que terminou com uma grande festa e presenças ilustres.
“Tivemos uma sequência de 40 jogos e, na final, por mais que se pareça apenas uma grande festa, na verdade, foi a realização de um projeto novo de alavancagem do esporte. A festa faz parte, mas esse incentivo estava sendo necessário para superar as dificuldades”.
Segundo Bulhões, promover um campeonato com categorias de base, no caso da Sub-17 Feminina e Masculina, e também o veterano, foi bastante satisfatório, porque além de promover oportunidade para jovens promessas, também serviu para resgatar atletas que passaram pela modalidade oficial há algumas décadas.
“Tivemos meninas e meninos de 15, 16 anos participando da competição que são verdadeiras raridades que até então desconhecíamos. Assim como também reinserimos no cenário atletas que já jogaram na modalidade há mais de 20, 30, 40 anos. E, mesmo diante desses dois anos de pandemia, demos oportunidade para que pudessem participar”, comenta o presidente.
Bulhões também enaltece as equipes da categoria Adulta do Feminino e do Masculino, que já vêm participando de competições nacionais. “No que diz respeito à categoria Adulto Feminina e Masculina, o DF está bem posicionado no cenário nacional. Isso mostra que mesmo sem ter praia, estamos colocando Brasília no cenário nacional e, brevemente, quem sabe, até no cenário internacional”.
Contudo, o grande destaque da competição, segundo o presidente, foram as equipes da Sub-17, que já está rendendo diálogos com a Confederação de Beach Soccer para que sejam promovidas competições nacionais também para essa faixa etária.
“Além de já estarmos conversando com a Confederação de Beach Soccer para que tenhamos em 2022 certames nacionais para a base, já estamos programando para o segundo semestre um campeonato no DF que tenha, além da categoria Adulto e Veterano, também um torneio interno, pelo menos com a Sub-17”.
O Campeonato Brasiliense foi fundamental para testar o nível técnico de todas as equipes e, graças à emenda parlamentar, foi possível a realização de uma competição desse porte. “Nosso agradecimento especial ao deputado Reginaldo Sardinha, por manter o esporte vivo. Isso tem de prevalecer, independentemente de federação, de confederação, de parlamentar. É preciso entender que para manter o esporte vivo depende de todos nós”. E completa: “Não apenas como presidente, não apenas como gestor, mas digo como um ser humano que ama a modalidade: estou muito satisfeito com o campeonato que realizamos”, finaliza o presidente Paulo Bulhões.
Evento final contou com presença de treinador da seleção brasileira
Os atletas de todas as categorias protagonizaram um grande espetáculo no evento de domingo (20) e com toda razão, pois contaram com a presença ilustre do técnico da Seleção Brasileira Feminina de Beach Soccer, Fabrício Santos, que acompanhou todas as partidas de perto.
Segundo ele, não “teve surpresa com o nível técnico das equipes da Principal, porque os times da categoria Adulto Feminino e Masculino já vêm fazendo boas competições”.
Para ele, o Distrito Federal “é um estado consolidado no cenário nacional do Beach Soccer, devido ao que vem apresentando”. Porém, Fabrício confessa que ficou muito entusiasmado com a categoria Sub-17, principalmente do naipe feminino.
“Eu já me deparava com um bom nível técnico das equipes da Adulto Feminina e Masculina. Já na Sub-17, realmente foi uma surpresa absurda. Fiquei encantado com o que vi. O nível técnico do jogo da final da Sub-17 Feminina foi altíssimo. Eu presenciei jovens promessas e isso é enriquecedor, gratificante, quando a gente pensa na renovação, na nossa modalidade e nas próximas gerações. A categoria Sub-17 me deixou muito contente, porque realmente a gente observa uma longevidade da modalidade”, destaca Fabrício Santos.
Além de destacar a qualidade técnica dos atletas do Distrito Federal, Fabrício Santos enalteceu o trabalho do presidente da Federação de Beach Soccer do DF (FBSDF), Paulo Bulhões e toda a equipe. “É preciso destacar o trabalho que vem sendo feito pela federação, porque você trabalhar uma modalidade basicamente de areia em um estado que não tem praia é complicado. Convencer um atleta que ele também pode ser um atleta de Beach Soccer numa cidade que não tem praia, a dificuldade é muito grande. Por isso, é importante ressaltar o trabalho que a federação vem fazendo”, aponta o técnico da seleção brasileira.
Oportunidade
Fabrício Santos também aproveitou o ensejo para falar diretamente às jogadoras sobre oportunidade. “Acredito que todas as atletas gostariam de ter uma oportunidade ou mais oportunidades. Mas é preciso pontuar que, o fato de a federação levar o treinador da seleção até a sua cidade, até o seu distrito, para acompanhar a final da competição, essa oportunidade já foi criada. Se antes da final aquelas meninas estavam desconhecidas, hoje, não mais. Hoje, essas atletas já tiveram a oportunidade de mostrar o seu trabalho para o treinador”, alerta Fabrício.
O encantamento com o trabalho desenvolvido no Distrito Federal foi tanto que o treinador mostrou que, de fato, fez uma observação técnica bastante apurada, a ponto de sair do Distrito Federal conhecendo vários nomes que, até então, eram desconhecidos. Assim como também reiterou os nomes que já consagrados na categoria Adulto.
“Hoje, eu sei muito bem quem são os destaques da competição. Temos atletas que conseguiram ter uma ou mais uma oportunidade, que é o caso do Ceilândia, que já vem jogando o Brasileiro, com a minha presença, e as atletas que tiveram sua primeira oportunidade, seu primeiro contato comigo. Então, não são mais jogadoras desconhecidas pra mim. Eu já conheço todas elas”, finaliza Fabrício.