Andar pelas ruas das grandes cidades, muitas vezes, é desolador. A violência assusta, o trânsito não é nada tranquilo, as pessoas estão cada vez mais alheias às outras. Mas se tem algo que muito incomoda é a mendicância. Quantas vezes somos abordados em semáforos, portas de comércios, restaurantes e até andando? Inúmeras.
Há determinados lugares e situações que nos obrigam até a manter um trocado em mãos para, se for o caso de muita insistência, livrar-nos rápido do pedinte. Tem os casos também daqueles que nos abordam vendendo bugigangas, balas, doces, paninhos e, quando você se recusa a comprar, também mudam o discurso e começam a pedir algum dinheiro. Ou seja, não perdem a chance de estar sempre pedindo.
Incomoda em todas as situações. Seja pela questão da ausência do Estado, seja pela comodidade ou mesmo pela situação de vulnerabilidade que aquele cidadão está passando. O fato é que ninguém gosta de pedintes.
É assim que se colocam parte de pessoas que lidam com o esporte. Correm de um lado para o outro, mendigando que um político olhe por ele. Alguma ação vem, o cidadão fica feliz da vida. Da próxima vez, terá de cantar em outra freguesia, pois aquele que já contribuiu com um bocadinho acha que já fez sua parte e ele precisa prender outro pedinte, afinal, as eleições estão chegando.
Assim segue. Os anos passam, as promessas são esquecidas e as esmolas continuam. São tantos bilhões gastos inutilmente neste país e ainda tem gente que acha vergonhoso viver do esporte. Precisamos cobrar políticas contínuas, que venham beneficiar projetos, comunidade esportista e todos os envolvidos na causa.
É preciso parar de andar com o pires na mão, mendigando o que se tem direito. Observem, lembrem-se das promessas e procurem agir para mudar em 2014!