A união perfeita entre a brincadeira entre amigos e paixão pelo futebol rendeu ao Distrito Federal a fundação de uma das equipes mais tradicionais do futebol amador de Taguatinga. O Real Futebol nasceu em 1995, como time de futsal, mas, em 2005 a equipe migrou para o futebol de campo, disputando várias competições do amador da cidade.
Os mentores são Leonardo Pessoa Alves, Akauany Souza, Edivaldo Júnior, Edson Teixeira e Daniel Gomes. Cinco amigos que, desde criança, alimentavam o sonho de ter uma equipe. “A ideia surgiu quando ainda éramos crianças e adolescentes. A nossa paixão pelo futebol nos levou a querer disputar amistosos e campeonatos. Inicialmente, no futebol de salão, e, depois, passando ao futebol de campo, depois os rumos da vida vieram a levar os amigos Edivaldo Júnior, Edson Teixeira e Daniel Gomes a saírem do time e alçarem novas caminhadas, mas o Time é muito bem Representado pela diretoria atual e a amizade continua”, conta Leonardo Pessoa, o Léo.
A princípio, o objetivo era formar um grupo de amigos para jogar futebol e, consequentemente, ter as melhores pessoas para a convivência. “O que não quer dizer que, necessariamente, teremos os melhores jogadores, porém, a união dos atletas faz com que sejamos um time forte e de chegada”, comenta o presidente Leonardo Pessoa.
A equipe é formada por quatro diretores, Leonardo Pessoa, presidente; Marcelo Bafica, vice; Akauany Souza, treinador; Luís Matos, assistente; e mais 25 atletas. São os membros da diretoria que mantêm o time. “Os recursos vêm do bolso da diretoria. O Governo não ajuda o esporte e a iniciativa privada não tem nenhum benefício em investir em patrocínio”, lamenta Léo
O time, que tem dois títulos, orgulha-se das conquistas: campeão do Campeonato Mizuno de Taguatinga, em 2014; e levantou o troféu da Copa dos Campeões de Taguatinga, em 2015. “Esses foram momentos muito gratificantes. Somos uma equipe da QNJ (Taguatinga) e vários times já se formaram e tentaram levantar a Taça da Copa dos Campeões do Paradão, mas nós fomos o primeiro time da QNJ a conseguir tal feito. Demos orgulho à nossa comunidade”, comemora o presidente.
Léo conta que este ano o time esteve entre os quatro melhores do amador do Paradão, mas saiu da disputa no dia 15 passado. “Chegamos perto da final do amador do Paradão, mas fomos eliminados nas semifinais. Empatamos os dois confrontos e perdemos nas disputas de pênaltis. Futebol nem sempre é justo, mas a outra equipe (União 22) teve seus méritos”.
Não há como negar que o amador do Paradão conta com fortes equipes e muitas histórias para contar. O confronto final será realizado entre União 22 e D’Castro.
Esforço para unir os amigos
Formado em Tecnologia da Informação, o bancário Leonardo Pessoa, 32 anos, é apaixonado por esporte e preza muito pela alegria de reunir os amigos. Ele e sua diretoria não medem esforços para manter o time sempre em boas disputas e acredita que falta apoio ao esporte.
“O governo poderia lançar programas sérios de incentivo ao futebol amador, como por exemplo, arcar com alguns custos ou mesmo incentivar empresas do setor privado a patrocinar o esporte. Se de alguma forma o valor do patrocínio voltasse para as empresas como benefícios fiscais, por exemplo, a realidade seria bem diferente”, acredita Leo.
Mesmo com as dificuldades, Leonardo Pessoa promete continuar firme no propósito de manter a equipe disputando as melhores competições da cidade. “As dificuldades são enormes para quem quer entrar e para quem quer ficar no futebol amador. Custos elevados, falta de apoio, campos ruins e muitas outras dificuldades, mas a oportunidade de reunir amigos, ver o sorriso no rosto após as vitórias e até mesmo o choro sincero após uma eliminação paga qualquer preço para estarmos juntos em busca sempre de novas conquistas”.
Ele fala dos bons momentos vividos. “Há duas realizações que não dá para esquecer. A primeira é ter jogado com o Real no antigo Mané Garrincha e a mais atual é ter sido campeão no Paradão, tendo o time estampado na capa do ViverSports na ocasião”, finaliza o presidente, que sonha em jogar com o real no novo Mané.