Valeska Caixeta, 38 anos, é uma das árbitras mais experientes que atua nas quadras do Distrito Federal
Philipe Moreira
Especial para o Viver Sports
Formada na Federação de Voleibol de Goiânia, em 1996, Valeska comandou o apito por muitos anos em jogos de vôlei. Com vontade e curiosidade em dominar o conhecimento em outras modalidades, em 2002 se capacitou também no futsal, integrando o quadro de árbitros da Federação Brasiliense de Futebol de Salão (Febrasa).
O seu interesse pela arbitragem de futsal veio com a vontade de aprimorar seu currículo no esporte. O objetivo era ter a formação apenas para conhecer as regras do futsal, mas as coisas foram pra um rumo bem maior. Valeska passou a atuar nas principais competições da modalidade na capital federal. “Inicialmente, queria ser anotadora, pois por não ter praticado a modalidade, imaginei que teria muita dificuldade nas questões de entendimento técnico do jogo”, comenta a árbitra.
O reconhecimento logo veio, o que fez Valeska buscar um desafio pessoal. Para ela, a consciência e a imparcialidade foram ingredientes que contribuíram para o desempenho no comando de uma partida de futsal.
Com o passar do tempo, Vasleka foi se destacando na profissão e, em 2004, integrou o quadro nacional da Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS).
Dificuldades
A profissional foi vítima de muito preconceito no início de sua trajetória. Atletas, torcida e até companheiros do apito acreditavam que uma mulher não teria capacidade e qualidade para comandar jogos masculinos.
“Sempre escutava coisa do tipo. ‘Mulher deve apitar jogo de mulher’. Para nós (mulheres), a exigência passa a ser maior com essas cobranças e comentários que recebemos. O que procuro dar como resposta é uma postura mais firme dentro de quadra”, concluiu Valeska.
Por fim, Valeska espera que os profissionais da arbitragem sejam valorizadas por todos, inclusive pela Febrasa. “O lado financeiro e o reconhecimento profissional merecem ser destacados para todos nós, árbitros. O que se deve fazer é manter sempre uma boa qualificação das pessoas que nos cercam, para que possamos seguir sempre com melhorias na qualidade do trabalho e chegar ao tão sonhado ‘respeito’ em nossa profissão”, finaliza Valeska.