Jogo das Estrelas abrilhanta evento de encerramento

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Os melhores atletas da categoria Adulto Masculino do Campeonato Brasiliense BRB de Futsal estiveram em quadra para jogo festivo da Febrasa

Kátia Sleide

Depois de um calendário apertado e duelos pra lá de acirrados na disputa pelo título do Campeonato Brasiliense BRB de Futsal (categoria Adulto Masculino), a Federação Brasiliense de Futebol de Salão (Febrasa) realizou um jogo festivo, domingo (17), com duas seleções formadas pelos melhores atletas da competição, apontados pelos técnicos das equipes participantes, no ginásio da Associação Portuguesa de Brasília (APB).

O confronto não visava vitória e, sim, uma confraternização entre os atletas. O jogo foi preliminar da decisão da categoria Adulto Feminino, em que o Minas/Icesp derrotou o Cresspom/Mauá por 2 x 1 e ficou com o título.

As equipes tiveram o comando de Alex Borges (AJJR) e Eugênio Lira (AABB/Upis), na  Seleção 1, e de Manoel Ferreira (Brasília Futsal/Icesp), na Seleção 2. Todos os treinadores foram convidados a participar do evento, porém, devido a compromissos já agendados anteriormente, apenas três estiveram em quadra.

E quem esteve no evento demonstrou muita satisfação. O treinador da AABB/Upis, Eugênio Lira, um dos idealizadores do Jogo das Estrelas, enalteceu o feito. “Foi uma festa para o Futsal do DF. Os melhores jogadores da competição interagiram, tanto dentro quanto fora de quadra (bastidores). Quem compareceu ao ginásio, com certeza, saiu satisfeito, com lances de “efeito”, bonitas defesas e belos gols. Tudo isso no maior clima de respeito e amizade, como dever ser sempre”, diz Eugênio Lira.

Alex Borges, da AJJR, estava muito empolgado e feliz com a realização do jogo festivo. “O evento foi uma grande festa de confraternização entre os atletas, onde não houve o compromisso com a vitória, com o desfio ou com a rivalidade dentro da quadra, e, sim, com a confraternização, interação, harmonia e paz. A torcida que compareceu ao ginásio da APB assistiu a um espetáculo de futsal com os melhores atletas do campeonato Brasiliense, onde, ao final, quem venceu foi o futsal oficial do DF”, declara.

O dirigente da AJJR também fez questão de enaltecer a participação de quem abraçou a causa: “Parabéns a todos os atletas e técnicos que compareceram e demonstraram que é necessário somar, juntar, ajudar e agregar. Agradecemos à diretoria executiva da Febrasa, pela iniciativa, e à Mallui, que mais uma vez ajudou o futsal fornecendo, gratuitamente, os uniformes para este grande evento”, destaca Alex Borges.

E completa: “Foi uma festa com casa cheia. Um evento que desde dezembro de 2009 não ocorria nos encerramentos dos jogos da Febrasa, com a participação da maioria quase absoluta das entidades filiadas, apenas uma equipe não enviou um representante. Parabéns à diretoria executiva da Associação Portuguesa de Brasília, pelo apoio e por mais uma vez disponibilizar o ginásio de esportes e também, no dia de hoje, o salão do restaurante, além de abrilhantarem o evento”, finaliza.

As estrelas

Entre os atletas, a satisfação também se fez presente. João Marcelo (AABB/Upis), o capitão da equipe campeã da categoria Adulto Masculino, destacou a interação: “Foi uma iniciativa muito legal da Febrasa em fazer o Jogo das Estrelas, pois deu aos atletas a oportunidade de interagir com outros jogadores que não são de suas equipes. A gente passa o ano inteiro como adversários e essa festa é importante para quebrar um pouco o clima de rivalidade. Além do que é um jogo festivo e podemos brincar sem ter aquela responsabilidade exigida em um jogo oficial.

O jogador lamentou a ausência de alguns colegas e torce para que o Jogo das Estrelas ocorra nos próximos anos. “Apesar de que alguns atletas não puderam comparecer, o evento foi muito legal e espero que continue nos próximos anos”, completa.

Leandro Batista, o Leandrinho (AABB/Upis), faz coro com João Marcelo. Para ele, o evento deve entrar no calendário da Febrasa. “É uma ideia muito boa, porque valoriza o trabalho dos atletas, treinadores e os demais envolvidos na competição. Valoriza a competição em si e tem tudo pra ser um sucesso futuramente. É um evento que deve ficar de forma definitiva no calendário esportivo de Brasília”, pontua o atleta, que foi eleito o melhor jogador do Campeonato Brasiliense BRB de Futsal (categoria Adulto Masculino).

Também integrante da equipe da AABB/Upis, o goleiro Yan Igor gostou da iniciativa, mas acha que é preciso pensar em um horário mais atrativo para o público. “Achei uma ideia legal. O jogo é importante para o reconhecimento dos atletas. Foi um momento em que todos puderam confraternizar. Único ponto negativo, em minha opinião, foi o horário. Acho que por ser um jogo festivo, o horário não foi bom para chamar a atenção do público”, comenta.

Edson Santos, o Popeye, do Sest Senat, compôs uma das seleções. Para ele, a ideia foi muito válida. “Foi lega estar ali representando o Sest Senat, equipe que atuei este ano. Valeu à pena, apesar de que muitos atletas faltaram, mas a gente entende que cada um tem o seu compromisso”.

O atleta aproveitou para fazer algumas ponderações quanto à divulgação e a ausência de outros atletas. “Acho que faltou um pouquinho mais de divulgação e até mesmo de mais participação. Porém, foi bastante proveitoso estar ali com os demais atletas e representantes de outras equipes. Acredito que estamos no caminho certo para uma reformulação do nosso futsal de Brasília”, enfatiza o atleta do Sest Senat.

Paulo Solano, o Paulinho da AJJR, também gostou da iniciativa do Jogo das Estrelas. Para ele, premia os atletas que se empenharam o ano inteiro em diversos campeonatos. E segundo ele, acaba sendo um momento de premiação aos atletas que se dedicaram mais às competições. Além disso, Paulinho considera uma boa oportunidade para estreitar as relações. “Achei bom, porque criou um vínculo da Federação com os atletas e também cria um vínculo entre alguns atletas que não se conhecem. Fica cada um em seu time e às vezes não tem oportunidade de estar conversando e trocando experiências e a gente acaba meio distante da realidade um do outro. Foi muito válido e acho que tem de acontecer mais vezes”, enfatiza Paulinho.

Para o atleta, se a Febrasa quer tomar um rumo promissor no cenário do futsal, é preciso fazer ações desse tipo. “Se a federação quer tomar um rumo bacana no cenário salonista, ela tem de ter essas iniciativas e correr atrás de coisas que venham estimular o atleta e proporcionar algo maior”, diz Paulinho.

Ele lembra que já esteve presente em uma competição de seleções, em Cuiabá (MT), e que isso contribuiu bastante para o seu crescimento. E, com certeza, dará experiência aos novos atletas. “Estive presente na última seleção de Brasília, em competição em Cuiabá (MT), e foi fantástico. A experiência adquirida, para mim, foi muito boa. Tenho certeza que para essa meninada será muito interessante e olharão para o futsal com outros olhos”.

Wanberto Nunes, o goleiro Beto, da AJJR é outro que amou a ideia. “Nota 1000 para a iniciativa do evento, até porque não me recordo de nenhum evento festivo desse modelo. Foi um momento de descontração e hora de deixar a rivalidade de lado. Pecamos apenas com o horário, até mesmo porque alguns atletas chegaram atrasados”, comenta o atleta.

Ele aproveitou para fazer um apelo: “Não deixem morrer a ideia da seleção. Brasília precisa disso”.

No caminho certo

A Federação Brasiliense de Futebol de Salão realizou em média este ano 300 jogos divididos em 11 categorias. No primeiro semestre, equipes do Sub-7 ao Máster disputaram a Taça Brasília.

Este ano, o Campeonato Brasiliense contou com a participação de equipes nas categorias Sub-15 Masculino, Sub-20 Masculino e Feminino, Adulto Masculino e Feminino.

O goleiro Beto (AJJR), que também ficou com o troféu de defesa menos vazada, destaca que há mais de uma década não se vê uma organização assim. “O campeonato em geral foi o melhor em relação à organização. Desde 2001, se não me engano, em que todos os jogos foram realizados na Asbac. Estão todos de parabéns!”, destaca o atleta.

Eugênio Lira, técnico da AABB/Upis, destaca o calendário de competições. “A Febrasa fechou com chave de ouro o seu calendário de competições. Um ano histórico para nossa cidade, com mais de trezentos jogos realizados nas mais diversas categorias. A grande final da categoria Adulto Feminino e o excelente padrão da premiação abrilhantaram por demais o fechamento deste ano muito produtivo para nossa cidade. Parabéns à Febrasa e a todos que colaboraram para o fechamento positivo deste ano”.

O atleta do Sest Senat, Edson Santos, o Popeye, elogia a competição deste ano e faz algumas observações para melhorar ainda mais: “O campeonato foi bastante disputado. Fazia tempo que o campeonato de Brasília não proporcionava aos atletas o gosto em jogar. Este ano foi um pouco mais divulgado que as outras edições. Acho que está de bom tamanho. Temos alguns problemas quanto a ginásios, a própria divulgação, mas acho que a partir do próximo ano as coisas tendem a melhorar”, acredita Popeye.

Paulinho concorda com Edson Santos quanto ao Campeonato Brasiliense deste ano. “A competição deste ano foi de nível muito bom. Não tinha nenhuma equipe acima do normal, tudo muito equilibrado. Fez um diferencial para mim em termos de perna, porque os meninos são mais novos e estão bem mais preparados. Achei o campeonato muito bom de se jogar e tem tudo para ficar cada dia melhor, mas vai depender do empenho da diretoria executiva, dos atletas e dos dirigentes, que fazem parte do evento”.

O atleta acredita que é possível atrair mais público para os ginásios se os jogos forem todos em um mesmo local. “Colocar a rodada inteira do Adulto Masculino em um local atrairá mais pessoas para assistir e, consequentemente, o público será melhor.

Outro ponto que Paulinho considera válido é a entidade dar espaço às opiniões dos atletas. “A opinião do atleta tem de ser válida. E como colocou o presidente, Fábio Martins, que terá um conselho de atletas. Isso será muito bom. Espero que continuem assim, pois tenho certeza que se der continuidade, o futsal de Brasília vai crescer cada vez mais”.

Fica esse desafio à diretoria executiva de colocar no calendário das competições da Febrasa o Jogo das Estrelas.

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