Confronto festivo contou com defesas inusitadas do Tio Chico, interação com a torcida e confraternização geral
Kátia Sleide
A 38ª edição do Torneio Arimatéia de Futsal teve seu encerramento no domingo (7), com decisão de oito categorias – Sub-11, Sub-15, Sub-17, Sub-20, Feminino, Master, Veterano, Principal – e o confronto que reúne amigos e amantes da competição mais tradicional do Distrito Federal, o jogo entre Amigos do Renato Santana x Amigos do Baby Face.
Enquanto as demais equipes estavam em quadra para a disputa dos troféus de suas respectivas categorias, as duas equipes só queriam a confraternização e boas risadas.
O desafio entre os amigos ocorre há oito anos na arena do Torneio Arimatéia. Um dos mais antigos participantes da competição é Edison da Silva, o Tio Chico, mais aclamado como uma lenda viva do futsal do DF.
Tio Chico é treinador das categorias de base do Cresspom e do Adulto Feminino. Para ele, participar do desafio é uma satisfação enorme. “Considero o Arimatéia uma Copa do Mundo, porque aqui a gente encontra os amigos, faz a festa, rever pessoas que não encontramos há muito tempo”, comenta o lendário treinador.
A torcida já o conhece e espera sua participação no jogo por conta de seu alto astral e interação com os que estão na arquibancada. Para ele, a platéia quer ver a festa e suas defesas emblemáticas.
No desafio em questão, Tio Chico, considerado pelos locutores do Torneio Arimatéia “o muro de Berlim”, animou a galera com sua participação. “Não deu pra fazer a defesa do sapo, mas fiz minhas graças com a do escorpião-rei, a da águia e do jacaré”, conta.
Tio Chico atuou no time dos Amigos do Baby Face, que venceu o desafio por 3 x 1. Inclusive, nesta edição, caiu o muro de Berlim. Ele, que há cinco anos não tomava um gol, teve sua muralha furada.
Questionado sobre o gol que tomou, Tio Chico só sorrir e diz que o que vale é a festa e a interação com as pessoas que vão à arena para ver o espetáculo. “Acho fantástico interagir com a galera. Saí da arena e quando vi, tinha pais com filhos pequenos me pedindo a camisa, a luva, qualquer coisa que pudessem levar como lembrança. Isso não tem preço”, conta Tio Chico, um dos mais premiados de todas as edições do Torneio Arimatéia.