Pela inclusão da capoeira

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A iniciativa é do deputado Wasny de Roure, que prometeu agilidade na concretização da proposta
Wasny de Roure abre discussão para que aarte marcial ganhe espaço nas escolas públicas do DF

A capoeira está mais próxima de chegar às escolas públicas do DF. Deputados distritais e representantes de secretarias do GDF ligados às questões culturais decidiram na audiência pública realizada dia 16/2, no auditório da Câmara Legislativa, criar um grupo de trabalho a fim de possibilitar o atendimento daquela reivindicação defendida pelos adeptos da modalidade.

Dezenas de praticantes da capoeira e da capoterapia (utilização do esporte com fins terapêuticos, sobretudo entre os idosos) acompanharam os debates que aconteceram na audiência pública promovida pelo deputado Wasny de Roure(PT). “Precisamos garantir condições para que a capoeira possa chegar às escolas públicas, pois temos que levar aos nossos jovens as vantagens da prática do esporte e o reconhecimento dos valores da cultura africana para a nossa sociedade”, defendeu Wasny.

Também a deputada Arlete Sampaio (PT) destacou a importância da contribuição dos negros para a identidade cultural do nosso país. “A capoeira precisa chegar mais perto dos nossos jovens, que são atraídos pela sedução das drogas, como uma opção de educação e entretenimento”, afirmou a distrital, ao enfatizar também que a atividade deveria alcançar ainda os centros olímpicos e unidades de saúde pública.

A deputada federal Erika Kokay (PT) manifestou também seu engajamento na luta para levar a capoeira a ser praticada como atividade educativa. “Essa decisão já deveria ter sido acatada há muito tempo pelos governos anteriores”, cobrou a deputada. Ela disse que o atual governo deverá buscar meios para garantir a inclusão da capoeira nas atividades curriculares. “Uma decisão de valor inestimável”, preconizou.

Faltam políticas de incentivo

Embora o DF tenha sido uma das primeiras unidades da Federação onde a capoeira e a capoterapia se expandiram como prática social, as dificuldades para se chegar às escolas públicas persistem, como explica mestre Gilvan, presidente da Associação Brasileira de Capoterapia (ABC). “Nossas atividades no DF já beneficiam mais de 10 mil idosos, em cinco unidades, mas nossos praticantes não têm acesso às escolas para estimular os jovens”, lamentou.

A representante da Secretaria de Educação, Adriane Leão Barbosa, reconheceu os problemas do governo para adotar a capoeira como um programa educativo em toda a rede. “Estamos fazendo um levantamento de todos os programas e esperamos que as atividades adotadas possam atingir a todas as regionais, em vez de experiências isoladas”.

Wasny de Roure (PT) lembrou que a Câmara Legislativa já possui uma Frente Parlamentar envolvida com a questão, criada a partir de iniciativa do deputado Joe Valle (PSB), anunciando que os parlamentares deverão se reunir para buscar agilizar a concretização da proposta dos capoeiristas do DF. (www.cl.df.gov.br).

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