Sexta-feira (13), foi realizada audiência pública, na Câmara Legislativa do Distrito Federal, proposta pelo presidente da Casa, o deputado Wasny de Roure, com o objetivo de discutir políticas que venham atender às demandas dos esportistas do Distrito Federal.
A discussão é muito válida e o deputado sabe disso. Nos últimos tempos, todas as regiões administrativas do DF têm sofrido com a especulação imobiliária, que vêm tomando os espaços que antes serviam de palco para a prática de várias modalidades esportivas.
O problema é sério e preocupa há um bom tempo. Talvez a discussão pode não resolver a situação de algumas cidades que já perderam seus espaços, mas pode evitar que outras venham sofrer da mesma forma.
Uma cidade como Taguatinga, segunda mais populosa do DF, ter apenas três campos, é muito triste. E o Gama, que já teve 40 campos, hoje, conta com sete e já está perdendo mais três. É uma das regiões administrativas mais fortes em termos de futebol amador e amarga, atualmente, a falta de espaço para a prática esportiva.
No caso do Cruzeiro, conhecido pelo samba e futebol, hoje tem apenas um campo, que fica no Estádio Regional. E não bastasse perder os espaços, neste governo, ainda sofre com a falta de um comandante que valorize ou que busque a integração por meio do esporte. O time da cidade, o Cruzeiro Carcará, tem de pagar uma taxa alta para usar o espaço. Aliás, desculpem-me a franqueza, talvez essa seja uma das grandes mágoas que os esportistas da cidade têm com o governador Agnelo Queiroz.
Como moradora do Cruzeiro há mais de 30 anos, digo com o coração apertado, que quando vou a outras regiões administrativas como Ceilândia, Sobradinho, Sobradinho II, Fercal, São Sebastião, Samambaia, Varjão, Gama, Santa Maria e outras, fico muito feliz em ver o quanto os administradores e os gerentes de esportes das referidas regiões são participativos. E ao mesmo tempo triste, por não poder falar o mesmo da região em que moro.
De qualquer forma, há de se destacar a iniciativa do deputado Wasny de Roure em propor a discussão. É unindo forças que evitaremos que o futebol amador morra por falta de espaço.