Enquanto os esportistas do Distrito Federal comemoram a aprovação do projeto de Lei 243/15, que cria o Programa de Incentivo ao Futebol Amador do Distrito Federal, alguns setores que não têm a mínima noção da força e da importância que tem o esporte para diversas comunidades não medem esforços para disparar críticas.
O projeto em questão, de autoria dos deputados distritais Julio Cesar (PRB-DF), Ricardo Vale (PT) e Wasny de Roure (PT), foi aprovado na Câmara Legislativa e aguarda sanção do governador Rodrigo Rollemberg. O Programa Boleiros foi inicialmente previsto por meio do decreto n°33.213, e implementado durante a gestão do parlamentar à frente da Secretaria de Esporte.
A coluna Do Alto da Torre veiculado no Jornal de Brasília, trouxe a nota, titulada Peladeiros em Alta, que questiona a lei. Leia a nota na íntegra:
“A Câmara Legislativa tem aprovado muita coisa boa para a cidade. Mas tem muita coisa, digamos, esquisita. O deputado Ricardo Vale conseguiu o apoio dos demais parlamentares para aprovar uma lei que trasnfere para o erário as despesas com as peladas da cidade. Se sancionada pelo governador, a arbitragem, o material esportivo (camisas, meiões, redes e bolas, por exemplo) e até a premiação de campeonatos amadores ficarão por conta do nosso dinheirinho que fica nos cofres do governo. Além do futebol amador, você, todos nós, pagaríamos as contas do futsal, futebol de areia, soçaite e futevôlei. Ou seja, é uma conta alta já que existem 400 campos de futebol amador no DF”.
Causa espanto tal indignação, porque estamos falando de esportistas, que são pessoas, cidadãos comuns, que pagam seus impostos. Qual o problema de uma pequena fatia do que arrecada o DF ser revertida para o esporte das comunidades? Se fosse para criar eventos pomposos para a elite da capital do Brasil talvez não houvesse essa indignação. Se fosse para ampliar presídios ou criar sistemas punitivos talvez não doesse no bolso de quem escreveu a dita nota.
Fica aqui o meu protesto quanto à utilização de recursos para o fomento do esporte no DF. Esportistas são cidadãos comuns, trabalhadores, que pagam seus impostos, muitas vezes, com mais pontualidade que muitos dos grã-finos da cidade.
E mais: impressiona-me também a dor no bolso (porque o bolso é o órgão mais sensível do ser humano) do autor do texto, quando, na verdade, essa migalha que vai para o esporte não chega a 1% do que os grandes jornais tiram anualmente dos governos locais com a desculpa de que estão promovendo seminários, congressos ou sei lá o quê, com a desculpa de que é de interesse social, quando, na verdade, apenas enchem os bolsos dos donos dos veículos de comunicação, que são pagos para falar bem do governo, como ocorreu nas gestões anteriores.
“Qual o problema de uma pequena fatia do que arrecada o DF ser revertida para o esporte das comunidades? Se fosse para criar eventos pomposos para a elite da capital do Brasil, talvez não houvesse tamanha indignação”