Cargeb: uma grande família

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Eles fazem questão de frisar que são bons de bola e também na escola
Aliando futebol e educação, o projeto do PSUl mantém jovens atletas longe das drogas

Tirar a garotada da rua. Esse é um dos objetivos do Clube Atlético Recreativo Grupo de Educadores de Brasília (Cargeb). O projeto começou em 2005, com uma brincadeira de golzinho, promovida por João Carlos Neto, um dos treinadores do clube. A brincadeira, na época, reuniu um grande número de pessoas, o que rendeu um envolvimento maior na criação de um trabalho para atender os jovens da região.

O Cargeb atende, atualmente, cerca de 150 crianças e adolescentes, com idades entre cinco e 18 anos, divididas nas categorias Chupetinha, Fraldinha, Pré-Mirim, Mirim, Infantil e Juvenil. João Carlos, um dos responsáveis pelo projeto, é ex-jogador profissional do Ceilândia. Para ele, além de praticar esporte, as crianças devem se preocupar com a formação educacional. “O aluno pode até não ser um jogador, mas, quem sabe, um engenheiro, um advogado”, acredita.

O idealizador do projeto conta com o apoio do artesão e professor voluntário Eliomar Rocha, mais conhecido como Careca. Ele começou a frequentar o campo como pai de aluno e, há cinco anos, é responsável pelas categorias Chupetinha, Fraldinha e Pré-Mirim.

Para participar do time, não basta ser bom de bola. Os professores cobram que os alunos estejam bem na escola também. “Aqui, o aluno pode ser craque, mas só joga se tiver nota boa no colégio”, reforça Eliomar. A mensalidade é o boletim, que deve ser apresentado todo semestre. Os jogadores só precisam arcar com as despesas de competições e passagens.

Recompensa

Os treinos ocorrem às terças-feiras e sextas-feiras, no campo sintético da quadra 26 do Setor Psul, em Ceilândia. E o trabalho rende conquistas consideráveis aos atletas. A equipe já foi campeã de Ceilândia, na categoria mirim; terceira colocada na Copa Sesquinho de 2011; vice- campeã na Copa DF.

Atualmente, está disputando a Copa HC e o Campeonato de Ceilândia. O trabalho em busca de novos títulos continua e, com certeza, eles virão.

Jean, Marrone e Gabriel, com o treinador João Carlos

Força que vem da fé e da união

O grito de guerra do time é “Se Deus está comigo, comigo Ele está. Se Deus está comigo, contra mim ninguém será. Raça, força, união, vitória, fé em Deus”. É com essa força que João Carlos mantém o projeto. Ele também vende lanches e conta com a solidariedade de pais de alunos.

O treinador, registrado pelo Conselho Regional de Educação Física do Distrito Federal (Cred-DF), sonha poder viver do futebol e ampliar o projeto. Ele lembra que nesses seis anos, por meio do esporte, cerca de 60 crianças e adolescentes se livraram das drogas. E acredita que esse número pode se multiplicar, caso haja patrocinadores, padrinhos, apoiadores que ajudem o time, como por exemplo, com uniformes, bolas e inscrições em campeonatos.

Caminhos mais promissores

É fácil perceber o carinho dos garotos pelos treinadores. Recentemente, cinco foram encaminhados para outros times. “O João deixou de ser nosso técnico e passou a ser o nosso pai”, diz Jean Sardanha, 17 anos, que aproveita oportunidade: “agradeço à família Cargeb, pelos ensinamentos, principalmente, pelos conselhos do técnico, quando mais precisei”. O jogador vai atuar no Gama. Além dele, Marrone Oliveira, 19, recentemente, foi para o Brasília. Já Gabriel Pereira, 15, estuda propostas de times de São Paulo.

 

COMO AJUDAR
Para participar do projeto, basta entrar em contato com os professores, e, se possível realizar alguma doação.

Os interessados em contribuir com o trabalho desenvolvido pelo Cargeb podem entrar em contato pelos telefones: 8142-5885 e 30219853.

 

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