Com reforma de 22 campos sintéticos em 2023, GDF amplia opções de lazer

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Previsão da SEL-DF é que mais quatro equipamentos sejam construídos ainda este ano

O campo de grama sintética da Estrutural reinaugurado recentemente pelo Governo do Distrito Federal (GDF) é um verdadeiro ponto de encontro da comunidade. Próximo ao fim da tarde, vai chegando cada um com sua bola, uns vão para o meio do campo, outros, para os cantinhos só para conversar, alguns soltam pipa. Mas todos estão dentro do mesmo espaço, um dos 22 campos sintéticos que o GDF construiu ou reformou neste ano.

É nesse novo espaço que o professor de futebol Kleyton de Paula, conhecido como Kleytinho, vai voltar a atender as mais de 80 crianças e adolescentes de um projeto social na cidade. A partir deste mês, os alunos terão aulas de futebol todas as terças e quintas, no contraturno escolar.

“Eu fiquei encantado com a obra e acompanhava diuturnamente o passo a passo. Como praticante de futebol e um incentivador do esporte na cidade, vi que o campo foi refeito com uma boa drenagem, um tapete excelente. Agora, além de repassar o esporte, vamos ensinar a conservar o bem público. Estamos convocando a comunidade a ajudar com os cuidados”, comenta Kleytinho.

Morador da Estrutural há 25 anos, o ex-atleta e professor afirma que o projeto que utiliza o espaço público é uma forma de incentivar o esporte e até mesmo direcionar as crianças e adolescentes da cidade. “Quero ajudar essa molecada a realizar o sonho de participar de competições. Moramos em uma comunidade ociosa, e o esporte ajuda a retirar essas crianças das drogas e do crime em geral”, completa.

Frequentador assíduo do campo, Alessandro Alves, de 26 anos, também aprova os trabalhos. “A reforma ficou muito boa. Estou aqui quase todos os dias, às vezes, trago meu sobrinho também. É um espaço de que a comunidade gosta, as pessoas vão chegando, e, quando percebemos, o campo está cheio, cada um em um cantinho”, conta o morador.

Campo renovado

Com investimentos de mais de R$ 1,2 milhão, o campo sintético do Parque Urbano, de 6.112 metros quadrados, ganhou um sistema de drenagem reforçado, enquanto todo o piso de grama sintética foi trocado e traves, alambrados e iluminação, substituídos. Novas calçadas em concreto não armado serão construídas no lugar dos atuais passeios de concreto e alvenaria.

“O campo é utilizado 24 horas pela comunidade, e eles pediam muito essa reforma. Esse é o primeiro local que eles procuram para diversão. Agora temos como objetivo construir um vestiário com banheiros para atender os frequentadores”, diz o administrador do SCIA/Estrutural, ‌Alceu Prestes. Ele salienta que a própria população, agora, ajuda com a conservação. “Fazemos campanhas de conscientização, mas temos também um grupo de 500 atletas que nos ajuda a cuidar do espaço.”

De acordo com a Secretaria de Esporte e Lazer do DF (SEL), foram reformados ou construídos 22 campos sintéticos em 2023. E quatro novos equipamentos públicos serão construídos até o final do ano. O DF possui atualmente 59 campos sintéticos de responsabilidade das administrações regionais, fora os espaços localizados dentro dos centros olímpicos e paralímpicos (COPs).

“Com as quatro unidades que serão feitas, o GDF fechará o ano com 26 espaços de esporte entregues à população”, destaca o secretário substituto de Esporte e Lazer, Renato Junqueira. Com investimento de R$ 945 mil, os campos serão construídos nas regiões do Paranoá, Ceilândia, São Sebastião e Taquari.

Para o secretário, a importância dos campos vai além da prática esportiva. “Esses espaços desempenham um papel importante na construção de uma sociedade mais saudável e consciente. Nós, da Secretaria de Esporte e Lazer, estamos atentos aos anseios da população para o fortalecimento do esporte na nossa cidade, e a recuperação e construção de novos espaços faz parte desse processo”, pontua Junqueira.

Parceria

Alguns dos campos foram reformados por empresas contratadas pela SEL, e outros foram feitos em parceria com o RenovaDF, programa de qualificação profissional da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet). Ao mesmo tempo que aprendem noções básicas de pintura, carpintaria, jardinagem, elétrica, serralheria e construção civil, os alunos recuperam praças, parques, campos sintéticos e outros espaços do DF que necessitam de reparo.

“É uma parceria extremamente positiva, uma vez que essa integração com outros órgão do GDF resulta em benfeitorias para toda população da nossa cidade”, finaliza Junqueira.

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