Ex-jogadora da seleção, Michael Jackson ocupa a coordenação de futebol feminino do Ministério dos Esportes e com muitos planos.
O futebol feminino do Brasil já revelou alguns talentos, como Marta, Cristiane e tantas outras. Mas Mariléia dos Santos, a Michael Jackson foi uma das primeiras grandes jogadoras da história do futebol feminino e da Seleção Brasileira.
Ela brilhou nos campos durante 30 anos, marcou 1.574 gols e vestiu a camisa de times famosos do Brasil e do mundo. Sua trajetória nos campos chegou ao fim, mas isso não significa que ela abandonou o futebol.
Há pouco mais de dois anos, ela assumiu a Coordenação Geral de Futebol Feminino do Ministério dos Esportes e com muitos planos, mas ela confessa que nem sempre é possível realizar, pois há entraves que não dependem de ações governamentais. “O Ministério dos Esportes entra para fomentar e ajudar a desenvolver o futebol feminino no Brasil, mas a responsabilidade é da CBF”.
Mesmo diante das dificuldades, que não são de hoje, ela mantém a meta de desenvolver o futebol feminino no Brasil. “Está tudo errado. Precisamos começar o esporte na escola. É necessário que haja essa mudança”.
Em 2012, segundo ela, pouca coisa foi feita. Já em 2013, foi possível realizar o Escolar Sub-17. Em 2014, haverá o Universitário. O Ministério fica com a organização dos estaduais, que darão a classificação para o nacional. Este será a cargo da CBF.
A coordenadora explica que são muitas as ações, mas falta marketing esportivo para as meninas. “Não podemos brigar com a CBF, porque ela já nos permite realizar o Brasileiro. O que precisamos é agir paralelamente”.
Michael também chama a atenção para valorização das atletas que, para ela, só têm deveres e nada de direitos. “As meninas não são vistas como profissionais. É difícil mudar essa realidade, mas vamos conseguir. A mudança virá, mas não tão rápido. Será um longo caminho”.
Mesmo assim, ela se mostra confiante: “Terminei 2012 muito triste. Em 2013, o difícil aconteceu. Este ano, teremos o universitário e vamos propor à CBF que faça uma festa de premiação para o futebol feminino. E em 2015, outros leques se abrirão”, finaliza.