Encerramento das competições locais e nacionais, realizadas durante o ano, reúne estudantes de escolas públicas e privadas para homenagens
Geovânia Marques Vieira tem apenas 13 anos e quem olha de longe enxerga uma menina frágil. Mas ao posar para as fotos contrai os músculos do corpo e do rosto e mostra a que veio, com o troféu na mão. Ela era uma das participantes doencerramento da 55ª edição dos Jogos Escolares do Distrito Federal (JEDF) eencerramentos dos Jogos Escolares da Juventude, Jogos Paralímpicos e os Jogos Escolares Noturnos. O evento realizado no dia 2 de dezembro, no Colégio Militar de Brasília (CMB).
A estudante do 6º ano do CEF 02 do Paranoá foi uma das medalhistas na etapa regional dos jogos e ganhou ouro na modalidade luta olímpica. Viajou com a equipepara Fortaleza, no Ceará, onde competiu pelos Jogos Escolares da Juventude econquistou o quarto lugar. “Fui pela primeira vez, com apenas seis meses de treino. Antes, eu jogava futebol e brincava. Quando pedi para o meu pai para praticar a luta ele estranhou, mas disse que não atrapalharia meu sonho”, relatou. Geovânia contou que deseja ser uma esportista profissional e entrar no UFC. “O esporte é a minha segunda casa, minha segunda família”, refletiu.
De acordo com o subsecretário da Educação Básica, Daniel Crepaldi, é necessário atrelar as atividades esportivas às pedagógicas. “Devemos tratar o esporte como um dos fatores de composição da formação do indivíduo”, afirmou. Segundo Crepaldi, a intenção de promover os jogos não é fomentar a criação de ídolos, mas cidadãos, de fato. “Caso surjam atletas reconhecidos, oriundos dessas competições, melhor ainda”, observou.
O JEDF é uma realização da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, por intermédio da Diretoria de Programas Institucionais, Educação Física e Desporto Escolar. Alguns alunos envolvidos são, ainda, beneficiados pelo Compete Brasília, da mesma pasta após a fusão com a antiga Secretaria de Esporte e Lazer.
O secretário adjunto de Educação, Clovis Lucio da Fonseca Sabino, agradeceu às Coordenações Regionais de Ensino e as destacou como interlocutoras e peças fundamentais para a realização dos jogos no DF, despertando a confiança, o compromisso e a determinação nos estudantes e finalizou desejando persistência aos alunos. “Acreditem no potencial e poder do esporte e assimilem a prática na trajetória de vida”, disse.
Durante o evento os professores de educação física que contribuíram e colaboraram para o desenvolvimento da área, no Distrito Federal, também foram homenageados. Ainda, na lista de agraciados, estavam os ex-alunos da rede pública de ensino, destaques nos jogos Pan-Americanos, como o atleta Aloísio Alves Júnior, campeão parapan-americano do tênis de mesa individual e tênis de mesa em dupla, no Canadá, com duas medalhas de ouro, Hudson de Souza, bicampeão nos jogos do Rio de Janeiro, com duas medalhas de ouro nos 1,5 metros, do atletismo, também a atleta Lucélia de Carvalho Brose, tetracampeã pan-americana de karatê.
“Reunir os atletas neste encerramento tem como objetivo apresentar para a sociedade a importância do esporte educacional e do desporto escolar na vida dos atletas”, ressaltou a diretora de Programas Institucionais, Educação Física e Desporto Escolar da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, Joana de Almeida Lima. Para a diretora, o esporte começa na escola, quando alguém reconhece um estudante e desperta nele o potencial a ser trabalhador com os demais princípios pedagógicos.
Para abrir o evento, a equipe de ginástica acrobática, da Secretaria Adjunta de Esporte, apresentou coreografia ensaiada pela professora Márcia Janete Nunes Colognese, e o grupo Madrigal, fez as honras com o Hino Nacional Brasileiro.
Os jogos
Nos Jogos Escolares do Distrito Federal participaram 8682 estudantes de escolas da rede pública e privada. As competições foram divididas em duas faixas etárias: de 12 a 14 anos, e de 15 a 17 anos. No grupo mais jovem, haviam 188 escolas inscritas (63 particulares e 125 públicas) e no outro, 193 (sendo 69 particulares e 124 públicas). Ao todo, 16 modalidades competiram: atletismo, badminton, basquetebol, ciclismo, futsal, ginástica rítmica, handebol, judô, karatê, luta olímpica, natação, peteca, tênis de mesa, voleibol, voleibol de praia e xadrez.
O evento esportivo local valeu como seletiva para os Jogos Escolares da Juventude, organizado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), sediado em três estados diferentes: Ceará, Paraná e Rio Grande do Norte. A etapa de 12 a 14 anos contou com 186 participantes e foi realizada em Fortaleza (CE), de 3 a 12 de setembro deste ano, em competições de atletismo, badminton, ciclismo, ginástica rítmica, judô, luta olímpica, natação, tênis de mesa, xadrez, basquete, futsal, handebol e vôlei. Já a etapa de 15 a 17 anos, entre os dias 11 e 22 de novembro de 2015, contou com 13 modalidades, como atletismo, basquetebol masculino e feminino, judô, ciclismo, futsal, handebol, lutas, natação, voleibol, vôlei de praia, tênis de mesa, xadrez e ginástica rítmica. Nessa fase, a delegação brasiliense contou com 183 participantes, incluindo dirigentes e técnicos. A modalidade atletismo teve competições em Maringá (PR); já as demais ocorreram em Londrina, também no Paraná. Os Jogos Paralímpicos, para estudantes de 12 a 17 anos, com 71 no total, foram realizados em Natal (RN), entre os dias 23 e 28 de novembro.
Conhecido como Corujão, os Jogos Escolares Noturnos contaram com a participação de 387 alunos da educação básica e do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), do ensino regular, entre os dias 15 de setembro a 26 de novembro.
Fonte: Nathália Borgo, Ascom/SEEDF
Fotos: Tiago Oliveira, Ascom/SEDF