Promessas para 2016

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Paulo Roberto e Roberto Marques dão show nas águas do Lago Paranoá.
Vela adaptada revela atletas com chance de medalhas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro

Superação. Essa é a palavra que melhor define o Núcleo de Brasília de Vela Adaptada. Criado em novembro de 2009 por meio de uma parceria da Confederação Brasileira de Vela Adaptada e do Comitê Paraolímpico Brasileiro, o projeto atende cerca de 30 paraatletas. As aulas são gratuitas e conta com o apoio do Cota Mil Iate Clube, que cede o espaço para os treinos e o lugar para guardar os equipamentos.

O técnico Bruno Pohl explica que o grande objetivo do programa é fazer a inclusão social de pessoas com limitações, além de incentivar a criação de novas modalidades olímpicas. “Os atletas aqui são tratados como qualquer velejador, não pode existir

Paulo Roberto e Roberto Marques com o técnico Bruno Pohl (ao centro)

diferenças. Respeito suas limitações, mas deixo claro que são mais do que capazes”, conta Bruno.

Nos quase três anos de existência, o projeto já colhe bons frutos. Nos dias 14 e 15 de julho, os atletas Roberto Marques e Paulo Galvão participaram do Campeonato de Vela do Distrito Federal. Competiram em barcos convencionais, e, entre os seis competidores, ficaram com o terceiro lugar. “Correr com pessoas normais e em barcos convencionais mostrou o quanto eles estão preparados. A boa colocação é fruto de muito treino e dedicação”, declara o técnico.

Roberto Marques, 41 anos, teve início de paralisia cerebral, aos seis anos de idade. Hoje, é um das grandes promessas da modalidade. No último fim de semana, participou do Campeonato Brasileiro de Vela Adaptada e ficou em quinto lugar.

O atleta está se preparando para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. “Por ser país sede, o Brasil já tem o direito de participar em 2016. Agora é treinar para estar entre os classificados. Quero chegar lá e dá o meu máximo”, planeja Roberto.

Há oito anos, um acidente de carro tirou de Paulo Roberto Galvão, 31 anos, uma das pernas. Ele não se deixou abater pela perda e desde novembro do ano passado está participando do projeto. Apesar de pouco tempo treinando, Paulo já é uma das grandes promessas. “Estar aqui e competir significa, para mim, superação. Velejei quando era criança e agora o esporte está me trazendo a paixão pela vela novamente”, revela Paulo.

Bruno conta que o projeto pretende atrair cada vez mais participantes, mas para isso precisa de apoio de patrocinadores. Nas viagens para competir, a Confederação paga a estadia e a alimentação, mas os atletas têm de custear as passagens. “Precisamos de ajuda também para comprar barcos mais atualizados, velas. Todos esses materiais fazem a diferença na hora de competir. Qualquer ajuda é bem vinda”, declara Bruno.

Como ajudar
Quem quiser ajudar é só entrar em contato com o técnico Bruno Pohl, pelo telefone: 9904-6061; ou pelo e-mail pohl.bruno@gmail.com.

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11 COMENTÁRIOS

  1. É com muita satisfação que podemos ver um reconhecimento como este aos atletas.
    Roberto além de ótimo atleta também é professor de vela em Brasília, jogador e árbitro de tênis. Já ensinou muita gente a velejar. O cara nasceu para competir! Trabalha duro nas regatas e deixa muita gente engolindo marola no lago paranoá com seu angra 21.
    Mas no esporte talento não é tudo. Falta muito investimento à altura da categoria. que é muitíssimo competitiva.
    Parabéns Roberto e Paulo pelos ótimos resultados!
    Sucesso nas próximas olimpíadas!

  2. É super legal ver que velejadores de Brasília são capazes de enfrentar outros velejadores do país sem deixar nada a desejar! Parabéns a toda equipe!!

  3. Superação é a palavra que resume as experiências de vida do Roberto Marques e do Paulo Roberto e também de Bruno Pohl que , certamente, não mede esforços para promover treinamento a estes velejadores! Felicidades e sucesso a todos!

  4. Oi Paulo
    Voce nao lembra de mim mas desde pequeno
    o vi vencendo obstaculos e sabia que qualquer coisa
    que fosse fazer daria certo
    Parabens e prepare para a proxima Estarei sempre torcendo por voce e sua familia tambem

    ATE mcw

  5. Valeu Roberto, parodiando o “ROCKET II” você está enfoguetado ! Muito legal acompanhar o seu progresso no iatismo, pena que não tenhamos essa classe olímpica aquí em Brasília para permitir um treinamento mais intensivo até 2016. Sucesso para você e o Paulo. Abs Aloisio – veleiro “Obatalá”.

  6. VIVI ESSA HISTÓRIA MUITO DE PERTO.É LINDA E MUITO TRISTE. A MÃE DELE É MINHA AMIGA DE INFÃNCIA E SEI O QUANTO ELA SOFREU. UM POUCO DEPOIS DO PAULINHO TER PERDIDO A PERNA O PAI DELE, MARIDO DA MINHA AMIGA, MORREU SUPER JOVEM DE INFARTO. MINHA AMIGA ELISA JA TINHA PERDIDO UM IRMÃO QUE, AOS 18 ANOS GANHOU UM CARRO DE PRESENTE E FOI DAR UMA VOLTA. POIS É, NUNCA MAIS FOI VISTO. NÃO É A TOA QUE O PAULINHO É ESSE CARA MARAVILHOSO, É UMA FAMÍLIA MAIS QUE UNIDA E QUERIDA.É ISSO !

  7. Parabéns

    Um belo trabalho feito pela vela adaptada em Brasília os Capitães desta empreitada Mauro e Bruno merecem parabéns pela dedicação e vontade de fazer a diferença nos resultados. Parabéns aos velejadores Paulo e Roberto que se superam dia a dia com destaque ao Roberto que enfrentamos de igual para igual nas regatas de oceano no Paranoá, adversário leal e difícil de superar. Multipliquem esta ideia, trabalho. Mantenham-se nessa tocada que 2016 estaremos torcendo boia a boia.

  8. Parabéns ao técnico Bruno Pohl pela qualidade e continuidade do trabalho!
    É muito bom para Brasília e para a vela oferecer esta oportunidade de inclusão e de superação para a comunidade.
    Deus abençõe essa iniciativa!

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