Raquetes, sorrisos e disputas acirradas no Tênis de Mesa

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Modalidade movimentou o Sesc Ceilândia pelas Olimpíadas da Ceilândia com inclusão e encontros entre gerações

Por Giovanna Reis

No sábado (17), o Sesc Ceilândia foi tomado por vibração, reflexos rápidos e uma chuva de aplausos. A estreia do tênis de mesa nas Olimpíadas da Ceilândia 2025, reuniu atletas das mais diversas idades e histórias. Das crianças da categoria mirim até veteranos do master, passando por competidores paralímpicos, o evento foi uma verdadeira celebração do esporte e da diversidade.

“Já fui campeão várias vezes no Brasil e jogo tudo. Tenho amor pelo tênis de mesa”, declarou Álvaro Manoel Corrêa Santos, que há mais de 50 anos empunha a raquete com paixão. Aos 73 anos, ele não só compete como também é árbitro na federação. “Participo da Olimpíada desde as primeiras edições. Para quem quer crescer no esporte, minha dica é simples: procure uma academia e treine. Sem treino, não há tênis de mesa”, reforça.

A primeira vez ninguém esquece

Entre os novatos, a ansiedade era grande. Priscilla Galvão, de 18 anos, disputava pela primeira vez. “Acho o tênis de mesa um esporte muito bom. Ele ajuda no desenvolvimento da coordenação motora, mas também no lado social. Estou animada de estar aqui”, declarou.

Quando esporte é inclusão

Um dos grandes diferenciais do evento foi o espaço dado à inclusão, com atletas paralímpicos competindo lado a lado com os demais. Para Adalberto, coordenador do tênis de mesa, essa integração é essencial: “A Olimpíada é um espaço de união entre alunos com deficiência e os demais participantes. Nosso maior desafio ainda é estrutural, como materiais e espaço físico, mas ver todo mundo jogando junto já é uma vitória enorme”.

“As Olimpíadas da Ceilândia significam muito. Este ano, acredito que teremos muitas vitórias e competições de alto nível”, comentou com entusiasmo, David Borges, atleta pcd da categoria infantojuvenil.

Essa ideia de inclusão também é defendida por Edson, árbitro há anos: “Quando vejo crianças e adolescentes participando desses torneios, meu coração se enche de alegria. Esporte transforma. Quanto mais jovens envolvidos, menos jovens nas ruas. É um investimento no presente e no futuro”.

Esporte como ferramenta de transformação

Vindo de outra regional administrativa, Fernando Moreira Marinho, professor de educação física, destacou o valor do evento para a escola pública: “Essas Olimpíadas são essenciais porque temos poucos eventos gratuitos de tênis de mesa durante o ano. Muitos dos nossos alunos só conseguem participar por ser gratuito. O desafio maior é o transporte, às vezes fazemos vaquinha, ou o professor paga do próprio bolso. Mas só de ter esse espaço, já é uma conquista imensa”.

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