Competição reúne times universitários no Sesc Ceilândia e incentiva a formação de novos talentos
Por Giovanna Reis
Sábado (17) foi de lances rápidos e muita torcida no Sesc Ceilândia, com a segunda rodada dos jogos de handebol feminino e masculino das Olimpíadas Ceilândia, que chega à sua 11ª edição. A competição reuniu equipes universitárias em busca de uma vaga nas semifinais e reforçou o papel do esporte como ferramenta de inclusão e formação.
Para muitos atletas, a participação vai além da busca por medalhas é também sobre vivência, oportunidades e inclusão. Luciano, goleiro da Universidade Católica de Brasília (UCB), falou com entusiasmo sobre sua estreia nos jogos. “O esporte para mim, além de ser competição, é também interação. Ele ajuda a tirar os jovens da rua, das drogas… Estou gostando muito. É a primeira vez que participo, nunca tinha jogado aqui em Brasília. Sempre joguei em Minas. É uma honra estar aqui com tanta gente boa. Espero que não seja a última — que venham mais umas dez edições para eu jogar ainda.”
Do outro lado da quadra, Felipe, atleta da Universidade de Brasília (UnB), compartilhou sua experiência com a competição. “É a segunda vez que a gente participa na modalidade de handebol. No ano passado fomos campeões e, este ano, estamos jogando novamente. Recebi uma oportunidade muito boa de jogar com a galera da nossa cidade, mais nova, e isso nos ajuda a crescer como clube. O evento tem uma estrutura excelente, arbitragem de qualidade e um apoio muito bacana.”
Nos bastidores da organização, Valdeci, professor de Educação Física da Secretaria de Educação e coordenador de handebol, ressaltou a relevância do evento para a região. Ele explicou que “o handebol nas Olimpíadas é importantíssimo, porque é mais um evento que motiva a prática do esporte na Ceilândia, que hoje é o centro do handebol no Distrito Federal. A maior dificuldade é a renovação. Com poucas escolas praticando, precisamos de eventos como este para incentivar os alunos a praticarem.”
Para os técnicos, o campeonato representa uma oportunidade valiosa de formação. Bruno Melão, técnico da equipe da UnB, comentou que “esse campeonato está sendo muito importante para a gente conseguir treinar os meninos mais novos, que não têm muita oportunidade de jogo. A infraestrutura é muito boa e permite que eles ganhem experiência jogando com outros atletas da mesma faixa etária.”
Após os jogos masculinos, foi a vez das mulheres entrarem em quadra, Firmino Rodrigues, técnico da equipe BFH, UnB, reforça a importância da Copa Ceilândia no calendário esportivo da universidade. “Participamos mais um ano dessa competição, que já virou tradição. O novo formato, voltado para atletas universitários, é ótimo. Temos poucas competições para essa faixa etária, então é uma forma de nos prepararmos para outros torneios ao longo do ano. Parabenizo toda a organização por fomentar o esporte na nossa região.”
Mesmo com sua evolução a modalidade ainda enfrenta seus desafios, “O principal problema é a falta de incentivo na base. Hoje temos só dois ou três treinadores no estado, é muito pouco. Isso dificulta a renovação. Essas competições para faixas etárias menores ajudam a dar mais oportunidade para os jovens jogarem, ganharem experiência. Eles muitas vezes não querem enfrentar atletas acima de 25 anos, que jogam de forma mais física. Um campeonato como este dá espaço e confiança para que eles cresçam no esporte”, aponta o treinador da UCB, William Carlos dos Santos.


















