Tranquila, sim. Parada, não!

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Pagode da Feira Permanente: mais de 25 anos alegrando as tardes de sábado dos visitantes
Cruzeiro, cidade inquieta, que mantém suas tradições na cultura, no esporte e no lazer

O Cruzeiro completou 53 anos, em 30 de novembro, e recebeu sessão solene da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), promovida pelo deputado distrital Raad Massouh, realizada na Aruc, quarta-feira (28/11). O evento contou com a participação dos distritais Chico Vigilante, Arlete Sampaia e Luzia de Paula; com os administradores Marcelo Ceciliano (Sudoeste/Octogonal) e Antônio Sabino (Cruzeiro); além de outras autoridades.

Algumas personalidades que fazem acontecer na cidade receberam monção honrosa, da CLDF, pelos

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serviços prestados à comunidade. Muitos desses, embora tenham o reconhecimento de suas ações, enfrentam situações inquietantes neste ano, com constantes ameaças de não poder seguir com seus projetos ou trabalhos. Mesmo assim, seguem sorridentes e esperançosos de que os governantes vejam seus esforços para construir uma sociedade melhor.

O Cruzeiro é famoso por seu samba (Aruc), blocos de carnaval, quiosques, beach soccer, futebol, eventos culturais e outros. A equipe do Cruzeiro Futebol Clube é a única representante do DF na Taça São Paulo de Juniores 2013. Até agora, só conseguiu garantir, junto à Secretaria de Esporte, o ônibus para a viagem. Os responsáveis estão batalhando para assegurar as demais despesas do grupo.

Embora seja uma cidade alegre e cheia de histórias consagradas para contar, a região administrativa carece de muitas ações governamentais, até mesmo para manter o que já foi conquistado nesses 53 anos de vida.

Jeito Cruzeiro de ser e de viver

Kátia Sleide

O Cruzeiro completou, no dia 30 passado, 53 anos. Quem mora aqui, não quer sair. Muitos dos que saem, pensam em voltar. E mesmo aqueles que não podem ou não querem voltar, também não conseguem abandonar. Alguns devem associar tudo isso ao fato de a região administrativa ser bem próxima ao Plano Piloto, ou mesmo por ter um baixo índice de criminalidade. É claro que conta, mas o bom mesmo são as características do “bairro mais carioca de Brasília”.

Samba, pagode, dança, futebol, beach soccer, capoeira, futsal, festas e encontros nos quiosques da cidade são algumas ações sociais que reúnem amigos, familiares e convidados nesses 53 anos de vida. E quando falo 53 anos de vida, é porque o Cruzeiro é uma cidade viva. Pode até ser tranquila, mas não é nada parada. Ao contrário, é pulsante.

Na sessão solene realizada pela CLDF, dia 28/11, na Aruc, o administrador Antônio Sabino fez um discurso, evidenciando que os moradores o receberam de braços abertos. Essa é uma das características do Cruzeiro. Por isso, peço, também, caro comandante, que faça o mesmo. Abrace nosso Cruzeiro. Não deixe que a essência de nossa cidade seja embalada em um pacote de padronizações urbanas, que podem até funcionar em outras cidades, mas que aqui nada dizem.

Dê-nos o direito de zelar pelas nossas raízes; ajude-nos a manter a união dos moradores; batalhe para que nossos projetos não sejam deixados de lado; permita que nossas manifestações culturais e esportivas mantenham a cidade em evidência positiva.

Muitos dos projetos existentes na cidade nasceram para cobrir uma lacuna deixada pelo Estado. E não é correto tirar o que já deu certo para colocar outro no lugar. Unir forças é a melhor solução. Quando governo e cidadãos trabalham juntos, os resultados são bem melhores para a comunidade. Não deixe morrer o que já está estabelecido. O Cruzeiro não merece essa desunião!

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