Usar o futebol como mecanismo de oportunidades a atletas, técnicos e a todos que se mostram apaixonados pelo esporte é o lema de William Cleber Sousa Farias, 48 anos. Há quase 30 anos, ele se dedica a formar e revelar novos atletas.
William é presidente da Liga Candanga de Futsal do Distrito Federal e professor responsável pela Escolinha Fut’Art, do Guará. O técnico cita vários nomes que conseguiu projetar no cenário nacional, como as jogadoras Robinho, Kristina, Gabi, Vitória e outros atletas.
“O que mais me comove é que o futsal é um esporte de elite. É preciso ter ginásios para jogar. Brasília é uma cidade que mais tem ginásios e o futebol é praticado nas ruas. Grande parte dos atletas não tem oportunidade de jogar em ginásios”, afirma William.
Para ele, falta incentivo do governo, tanto para os envolvidos no esporte quanto para a iniciativa privada. “Se não houver facilidades, os grandes empresários não irão enxergar o esporte como formação de cidadãos”.
Formar atletas não é o maior interesse de William Cleber, mas também dar aos futuros craques oportunidades de conhecimento. “Levar um atleta a um lugar que ele jamais pensou que pudesse ir. Proporcionar a um técnico que seu trabalho seja visto por várias pessoas, essas são situações que nos fortalecem e que nos dão energia para continuarmos nosso trabalho”.
William acredita que o esporte e, principalmente, o futebol é uma ferramenta de formação de um cidadão. “Mesmo lidando com crianças, procuramos levar valores que muitas vezes eles não têm noção. Ensinamos a eles, por exemplo, que tudo que é público deve ser bem cuidado, pois sai do bolso do cidadão comum. Os jovens precisam dessa conscientização”, explica William.
De todas as ações dentro do esporte, uma coisa o presidente da Liga Candanga de Futsal do DF tem certeza: “O futebol é um esporte que iguala tudo. Entre as quatro linhas, são todos iguais. Só precisamos mostrar aos meninos que eles são capazes”, finaliza William.