O esporte é uma poderosíssima ferramenta social. Com ela, tiram-se crianças das ruas, livram-se jovens de situação de vulnerabilidade social e ainda promovem-se a inserção social e a integração entre comunidades. O trabalho também pode render atletas de alto rendimento, mas, acima de tudo, ajuda na formação de cidadãos de bem.
Quem estiver trabalhando com o esporte e que não tenha em mente algum desses fins, está no lugar errado. Não cabe, nesse meio, pessoas que não têm essa visão. Até mesmo porque é uma falta de respeito com as crianças, jovens e seus familiares, que depositam sonhos e esperanças na formação tanto do atleta quanto de um cidadão.
Não é de hoje que se tenta pregar aos mais jovens que adversários não são sinônimos de inimigos. Todas as equipes, em qualquer modalidade, busca a vitória. Mas antes de mais nada, é preciso pregar o respeito mútuo.
Há algum tempo, o Cargeb, equipe do PSul (Ceilândia), foi hostilizado em seu campo, com palavras de discriminação social, porque sua estrutura não era tão boa para receber um determinado time, com alguns pais e familiares, que se julgam acima de tudo e de todos
Pouco tempo depois, em um confronto no Pinheirinho, presenciamos alguns pais, que estavam na arquibancada, irresponsavelmente mandando seus filhos, dentro de campo, quebrar o adversário. Ou seja: machucar um atleta que tem os mesmos objetivos que o seu. E o pior: podendo gerar uma confusão generalizada, caso o pai do jogador estivesse presente e assistisse a esse tipo de insulto à violência contra seu filho.
Duas semanas atrás, um dos organizadores de uma competição de futsal nos relatou que determinada equipe estava condicionando sua participação no torneio se outra não entrasse. Ficamos estarrecidos com tamanha audácia.
Nesta semana, fomos supreendidos negativamente com o que ocorreu com os professores do Santos no clube da Caeso. Não assistimos à cena, mas imaginamos tamanho constrangimento. E diante desses casos, fica a pergunta? Será que todos que estão trabalhando com as categorias de base têm condições psicológicas para ajudar na formação desses atletas/cidadãos?
Preferimos acreditar que sim, mas que em algum momento se deixaram levar por maus pensamentos. Agora, vamos acordar, pessoal! Somos adultos e co-responsáveis na formação desses jovens. Eles precisam de nossos exemplos para se tornarem pessoas de bem.