A Associação Serrana de Futebol Infantil nasceu em 1982 para cuidar dos interesses dos atletas da cidade
Kátia Sleide
Quem teve a oportunidade de conhecer Sobradinho, principalmente nos fins de semana, já comprovou que a cidade respira futebol. São várias competições que envolvem desde os mais novos aos mais experientes.
Constam nos registros da história do esporte amador da cidade que desde a década de 1970 muitos campeonatos para garotos eram realizados em Sobradinho. E contavam com a participação e organização de Aníbal de Souza Soares “Seu Aníbal”, Clarindo Vieira Barros “Seu Clarindo”, Constante Caetano Turchiello “Turchiello”, Feliciano
Pereira dos Santos “Seu Dedé”, Joaquim Miguel de Faria “Miguel” e Marinalvo Gomes de Araújo “Seu Marinalvo”.
Diante da necessidade de uma melhor organização das competições e vislumbrando um meio de ocupar e educar a garotada, dois personagens de grande importância entram na história. Luís Antônio (“Bola”) propôs a Turchiello a criação de uma associação que cuidasse dos interesses do futebol amador na cidade e teve o apoio de Agnaldo, assessor do então administrador de Sobradinho, Padre Jonas.
Assim, nasceu, em 21 de abril de 1982, a Associação Serrana de Futebol Infantil (Asfi), sociedade sem fins lucrativos, que tem como objetivo realizar atividades desportivas, recreativas, sociais, educativas e culturais.
Desde 2005, a instituição tem como presidente Elvismar Sales de Andrade “Mazinho Brasília”, ex-atleta profissional formado no Brasília Esporte Clube, com passagens por times como União São João-SP, Sergipe-SE, América-RN, Criciúma-SC, Náutico-PE, Macabe Herzelya-ISR, Confiança-SE Ceará-CE, Flamengo-PI, CFZ-DF, Sobradinho-DF, Dom Pedro II-DF, Ypiranga-PE e ASA-AL.
Para o presidente Mazinho, os idealizadores da escolinha são verdadeiros heróis. Assim como os responsáveis pelas equipes que participam dos campeonatos. “Temos que afirmar isso também dos responsáveis pelas equipes associadas, como Rogerinho (R7 Social em Sobradinho II); Santana (Condomínio Vale das Acácias); Mauro, Mizinho e
Titula (Estrela, em Sobradinho); Graça e seus irmãos (Estrela Buritis, em Planaltina); Sampaio (Canarinho, em Sobradinho); Alex e Marcos (CID, em Sobradinho); Jean (Movimento, em Planaltina); e Ferrer (Vila Real Condomínio RK)”, lista Mazinho.
Segundo o presidente, a Asfi organiza cinco competições anuais que envolvem várias categorias. “Participam dos campeonatos a garotada da Sub-10, Sub-12, Sub-14, Sub-16 e Sub-20, reunindo entre 1,2 mil e 1,5 mil jovens”, informa o presidente. Mas para ele, as maiores conquistas da Asfi são os trabalhos realizados. “Nossos maiores títulos, sem demagogia, é poder ajudar os jovens a serem cidadãos e saber que teremos uma sociedade melhor no futuro”.
Empenho das equipes mantém a Asfi
A Asfi é uma instituição sem fins lucrativos e não tem recursos próprios. Mazinho conta que são raros os apoiadores, mas faz questão de citar os que fazem o possível para que os trabalhos sejam realizados. “A Administração Regional de Sobradinho e parlamentares da cidade – por meio de emendas para pagamento de arbitragem – são os maiores apoiadores”, diz Mazinho.
Porém, ele faz questão de frisar que o trabalho só existe devido aos donos das equipes participantes, que são os grandes heróis.
O esporte como ferramenta social
O trabalho realizado pela Associação Serrana de Futebol Infantil (Asfi) rende muitos frutos para o profissional do Distrito Federal. Mazinho reforça que a instituição sempre teve como objetivo a socialização dos jovens e, principalmente, auxiliar na formação como cidadão, utilizando para isso o futebol.
O maior sonho de todos os envolvidos nas ações da instituição é poder continuar todo o trabalho com uma estrutura digna. “Precisamos de melhores condições para os campos, material esportivo, professores de educação física, entre outros. Nossas crianças precisam disso”, apela o presidente Mazinho.
Para ele, trabalhar com os jovens é fundamental que se tenha condições, principalmente porque fazem questão de incentivá-los ao sucesso, mas sempre com o pé no chão. “Sempre orientamos para que eles nunca deixem seus sonhos de lado, mas para buscá-los com responsabilidade e respeito”, aconselha. E completa: O lema da Asfi é ‘Craque na Bola, Craque na Escola!’, ou seja: dedique-se ao futebol, principalmente, na forma de lazer e na busca de um sonho, mas também cumpra seus deveres”, finaliza.
“Várias equipes do DF já participaram das competições da Asfi e por muitos anos foi para o DF o que é a Copa Agap (Associação de Apoio ao Atleta Profissional). Logicamente, vários atletas que se tornaram profissionais participaram das competições da associação”. (Veja quadro).
Em 2011, as categorias Sub-10, Sub-12, Sub-14, Sub-16 e Sub-20 provaram que a cada ano, o futebol de Sobradinho vem melhorando e, quem sabe, daqui a algumas décadas, esses atletas de hoje não estarão estampando suas histórias de sucesso nos murais da Asfi? Fica a torcida.
Sobradinho Esporte Clube – Profissional (1985-1986): orgulho ainda estampado
Além de ter sido ponte para muitos jogadores profissionais, o pessoal da Associação Serrana de Futebol Infantil (Asfi) também se orgulha quando fala do time profissional de Sobradinho, bicampeão do DF (1985/1986). “A base era toda formada por atletas dos times das categorias de base da cidade”, conta, orgulho, Mazinho Brasília.
Faziam parte do elenco: Claudinho (Imperial), Décio (Imperial e Internacional), Filó (Imperial e Internacional), Ismael (Reynner), Marcelo (Internacional), Matéia (Imperial), Michael (Internacional), Rani (Imperial), Rildo (Colorado e Internacional), Toni (Imperial), Wellington (Imperial, Colorado e Internacional) e Zé Nilo (Internacional).
Veja outros craques que também passaram pela Asfi
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`Prezada Katia
Parabéns pela bela matéria.
Precisamos de pessoas como vc para divulgar os trabalhos sérios que existem no Distrito Federal.
A ASFI irá fazer esse ano 30 anos de existência.
Abrs
Marcelo
Tem alguma escolinha gratuita, meu filho e louco por futebol, mas não temos condições de manter
A escolinha e gratuita
Tem várias em Sobradinho que funcionam como projeto social.