Única pretensão é realizar um bom trabalho

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Há pouco mais de um ano em Brasília, Julio Ribeiro já ganhou notoriedade na cidade. Ele chegou ao Distrito Federal, em fevereiro de 2012, como secretário adjunto de Esporte. Foi empresário de segurança e com vasta experiência na área administrativa, e, agora, destaca-se  na busca incessante para atender as principais demandas da comunidade, quando o assunto é esporte.

No final de setembro, recebeu convite do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, para assumir a secretaria de Esporte. Em entrevista ao jornal ViverSports, Julio Ribeiro fala sobre o trabalho à pasta, das dificuldades encontradas, das conquistas, dos desafios a serem vencidos e da programação para este ano.

Qual a maior dificuldade encontrada na secretaria?

A burocracia do serviço público é a maior dificuldade para um administrador. Tudo é muito moroso, mas faz parte do processo. Mas elas foram compensadas pela equipe que encontrei, que é muito boa e acaba motivando mais. Também derrubamos algumas barreiras. Não apoiávamos ninguém em janeiro. Neste ano, conseguimos contemplar alguns atletas com o Compete Brasília e o projeto Futuro Campeão.

 

Como organizou o atendimento aos atletas?

Quando assumi, assustei com o orçamento, muito pequeno para a demanda. Não atingimos o ideal, mas conseguimos mostrar ao governador que precisávamos de mais investimento. Prova disso veio com o Compete Brasília. No ano passado, o programa beneficiou mais de mil atletas e 263 paratletas. A meta para 2013 é dobrar esses atendimentos, já que a Secretaria recebeu recursos por meio de emendas de parlamentares da Câmara Legislativa. A secretaria apoia os atletas de alto rendimento em diversas competições nacionais e internacionais, custeando passagens aéreas e terrestres para que eles disputem campeonatos fora da cidade.

 

Fale-nos sobre o programa Futuro Campeão

Além do Compete Brasília, a Secretaria de Esporte lançou o programa Futuro Campeão, voltado à formação de jovens talentos por meio da prática esportiva. Tivemos o cuidado também de selecionar técnicos experientes em cada modalidade, já que queremos dar aos alunos a chance de disputar medalhas nas Olimpíadas de 2020.

O projeto já vigora nos Centros Olímpicos do Gama, Recanto das Emas, Santa Maria, Brazlândia e Estrutural e estão oferecendo, respectivamente, as modalidades de saltos ornamentais, voleibol, basquete, atletismo e boxe. A previsão é que durante o semestre, o programa seja implementado nos demais Centros Olímpicos.

 

Como a secretaria vê os Centros Olímpicos?

O programa desenvolvido nos Centros Olímpicos é considerado o carro-chefe da Secretaria de Esporte. Os CO’s oferecem à população cursos técnicos de informática e inglês e palestras que envolvem temas transversais como combate ao uso de drogas, consumo consciente, economia doméstica e cidadania. Oferece também aulas de futsal, handebol, vôlei, futebol de areia, natação, hidroginástica, atividade orientada, basquete, tênis, atletismo, desenvolvimento motor, futebol society, ginástica rítmica, ginástica artística, tênis de mesa, karatê, ginástica localizada, capoeira e capoterapia.

 

E os outros cidadãos?

Para os demais cidadãos, temos a Escola de Esporte, que funciona há 38 anos no Distrito Federal. Além de formar equipes esportivas que possam revelar talentos para o cenário esportivo, o trabalho realizado também tem o intuito de integrar o adulto e a pessoa da melhor idade em programas que estimulem um hábito de vida saudável, com o incentivo da prática esportiva entre crianças e adolescentes de 6 a 17 anos e portadores de necessidades especiais.

Para alcançar esses objetivos são oferecidas diversas modalidades, como: alongamento, condicionamento postural, gi-nástica localizada, pilates, ritmos, judô, karatê, musculação, ginástica acrobática, natação, natação adaptada, polo aquático, deep water, saltos ornamentais, nado sincronizado, tênis de campo e ciclismo.

 

O que os peladeiros podem esperar para este ano?

Ano passado, lançamos o Programa Boleiros, com o objetivo de apoiar, desenvolver e regulamentar o futebol amador do Distrito Federal, além de disponibilizar serviços de arbitragem profissional. Este ano, o programa custeará a arbitragem de mais de 8 mil partidas em todas as regiões do DF. Temos como meta, também, disponibilizar a premiação para os vencedores dos campeonatos.

 

Como as categorias de base podem usufruir do benefício do Programa Boleiros?

O programa beneficia tanto adultos quanto categorias de base. É preciso que as entidades preencham os pré-requisitos e participem do chamamento (confira no site www.esporte.df.gov.br). Neste semestre, somente os que se inscreveram.

 

No DF há muitos projetos sociais que utilizam o esporte como ferramenta. O que a Secretaria de Esporte acha dessas ações?

Temos a plena convicção de que os projetos sociais são uma importante ferramenta, pois livram as crianças das drogas, da criminalidade. Existem necessidades e não vou conseguir atender a todos, mas preciso facilitar esse diálogo. Não tenho pretensões políticas. Faço porque acredito nos programas sociais. Conheci e participei de um, em Franca-SP, e sou muito grato.

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