E o povo toma as ruas do Brasil

Sempre fomos chamados de povo passivo, que assiste a tudo e não faz nada para mudar o rumo das coisas. Muitos têm razão, embora eu acredite que somos é meio lentos. Talvez por sermos esperançosos ou ingênuos demais e ainda acreditar em certas promessas. Enfim, o fato é que paciência tem limite e a do povo brasileiro chegou ao máximo.

Demoramos, sim, um bocado para mostrar a indignação com todos os desmandes. Os estádios já foram construídos/reformados, muito dinheiro já foi gasto e há muitos setores que seguem com as mesmas necessidades de anos atrás.

Mas, sinceramente, considero este momento único e em tempo hábil. Estamos há, praticamente, um ano da Copa do Mundo e os governantes estavam apostando que a paixão dos brasileiros pelo futebol pudesse proporcionar uma alienação. Ou seja: acreditavam que ficaríamos enfeitiçados com o futebol e aceitaríamos todas as mazelas que estão ocorrendo e de braços cruzados. Erraram!

O povo está atento, quer ver seus direitos saírem do papel, busca, sedentamente, por justiça. E cabe também mais uma preocupação aos que estão “teoricamente” nos representando. Se na Copa das Confederações está ocorrendo toda essa movimentação do povo brasileiro, imagine o que irá acontecer na Copa do Mundo de 2014.

Acredito que esses movimentos vieram em boa hora. Todos os nossos políticos sabem que se não agirem agora, a coisa pode ficar muito pior daqui a um ano. E mais: passada a Copa do Mundo, vem as eleições. Esperemos por mudanças e para melhor.

Somos um povo passivo, sim, mas alienados, não. E para que isso fique bem claro, precisamos estar preparados para dar as respostas nas urnas, em 2014. Ou as coisas mudam até outubro do ano que vem, ou a gente muda as coisas, a partir do próximo ano.

Que prevaleça a democracia! Que ela possa ser a mola propulsora das principais mudanças no País.