Se houver apoio da comunidade, o Alvinegro Esporte Clube continuará realizando um belíssimo trabalho com os jovens
Projeto Alvinegro Esporte Clube, em Santa Maria, supera dificuldades para manter crianças e adolescentes em atividade esportiva. A ferramenta é o futebol. A escola atende cerca de 80 meninos, nas categorias Pré-Mirim, Mirim, Infantil e Juvenil.
O projeto funciona nos campos (sintético e de terra) da quadra 116 de Santa Maria e tem à frente Antônio Carlos Lacerda dos Santos; José Renato Vidal Fagundes; e, atualmente, ganhou uma força especial:
Anailton Delmonds, pai de um dos atletas, que também abraçou a causa e passou a treinar uma das equipes do Alvinegro Esporte Clube.
Para tentar manter o projeto, os envolvidos na escolinha cobram uma taxa de R$ 15 por atleta, mas nem todos pagam. “A gente cobra uma taxa simbólica e somente uma pequena minoria consegue pagar. Muitos não têm condições. Mesmo assim, as portas estão sempre abertas para os atletas. Dessa forma, pelo menos, não estão nas ruas ou envolvidos com outras coisas indevidas”, conta Antônio Carlos, presidente, que trabalha desde 1998 com as categorias de base.
Antônio Carlos diz que o trabalho é árduo, pois há muita responsabilidade em embalar o sonho dos atletas e também em trabalhar na formação de cidadãos do futuro. “São muitas histórias de resgate social que temos. Essa área aqui era tomada pelas drogas. Aos poucos, conseguimos afastar essas más companhias e trazer os meninos para dentro do projeto”.
O presidente reconhece a participação de alguns órgãos do Estado. Em momentos tensos, a escolinha contou com o apoio do Posto Policial PCS 095, no comando do sargento Antônio Gomes e a cabo Marinalva, que fizeram um trabalho bem eficiente, com rondas constantes no local e palestras educativas para os meninos. Até hoje, os policiais dão suporte à região.
José Renato, um dos técnicos, está no projeto há sete anos. “Vim somar com o Carlinhos, depois de ver o aperto que ele passava para atender os meninos”. Hoje, muita coisa mudou, mas a escola continua necessitando de tudo um pouco. “Precisamos continuar mantendo a segurança dos meninos, além disso, eles necessitam de lanche, água, material esportivo, dinheiro para o transporte e inscrição em campeonatos. Ou seja, são muitas as demandas e qualquer ajuda que o projeto receber é bem-vinda”.
Revelações
Um dos alunos do Alvinegro, Michael Douglas, 15 anos, está indo para São Vicente, onde funciona um projeto Social do Santos Futebol Clube. O profissional do Ceará está com Glauco. Assim como Mateus Rocha integra a categoria de base do Ceilândia. “Além desses atletas, tem muitas outras promessas aqui no Alvinegro, como Fabrício, 15 anos. O garoto é um espetáculo e tenho certeza que logo vamos conseguir encaixá-lo em uma boa equipe”, relata Carlos.
Para continuar formando novos atletas de ponta, o presidente diz que o projeto precisa de suporte. “Os treinadores, que são voluntários, necessitam viver do futebol. Só assim poderá fazer um trabalho voltado também para as famílias, que, em muitos casos, são cheias de problemas, mas não conseguimos mapear e muito menos ajuda-los a resolver”.
Campo sintético
O administrador de Santa Maria, Neviton Pereira Júnior, acompanha os últimos ajustes em volta do campo sintético da quadra 116. Segundo ele, faltam poucas coisas, entre elas os refletores. “Estamos em acerto com a Companhia Energética de Brasília (CEB) para orçar e finalizar essa etapa. Estamos aguardando o governador, Agnelo Queiroz, para fazer a inauguração oficial, mas já liberamos para a comunidade”.
Néviton informa que outras ações estão sendo feitas para melhorar a vida dos desportistas de Santa Maria. “Já inauguramos o campo society da 308/208 e estamos trabalhando para colocar mais dez Pontos de Encontros Comunitários na cidade. Além disso, vamos começar a reformar algumas quadras”, conta.
Contatos
Para ajudar o projeto e também se inscrever na escolinha, basta entrar em contato pelos telefones: 8632-0108, 8488-4242 e 8580-3419.