Que o brasileiro é apaixonado por futebol, ninguém discute. Pena que essa paixão não esteja sendo respeitada em algumas regiões do país. Os tradiconais campos de futebol estão sendo substituídos por grandes construções. Em Taguatinga, restam dois apenas que podem ser utilizados pelos peladeiros: um no Taguapark (Pistão Norte) e outro no Paradão (entre a QNL 5/7).
Há muito tempo, inclusive, o Paradão era aberto aos atletas da região, que nunca tiveram dificuldades para a utilizar o campo. Agora, o campo faz parte do Centro de Orientação Sócio Educativa (Cose), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest).
Nos últimos tempos, temos acompanhado partidas do Campeonato de Futebol Amador, promovido pelo Centro Esportivo Arco-Íris de Taguatinga (Ceait), e observamos que o campo está um desastre e por falta de cuidado. Por enquanto, não daremos nomes aos responsáveis, porque é preciso ainda ouvir todos os envolvidos na questão para identificar de quem é a culpa. Até o momento, sabemos, de um lado, que não é possível cuidar do gramado, por causa das atividades que são realizadas durante a semana. Ainda ouviremos os responsáveis pelo Cose, mas já dá para fazer um apelo, em nome da comunidade: gramado tem de ser cuidado. Quem lida com o futebol sabe muito bem disso. Não é possível manter atividades diárias. É preciso folga para cuidar da estrutura, inclusive para os sintéticos.
Infelizmente, em nosso país, observam-se as coisas serem deterioradas, para depois ter de se refazer. Não se tem o hábito, no Brasil, da manutenção. É muito mais barato para todos e talvez seja por isso que não é dada a devida atenção. Deixam que tudo se acabe.
Taguatinga já é carente em locais para a prática do futebol de campo. Sabemos que todo o Distrito Federal está passando, há alguns anos, por mudanças em seu Plano Territorial. As grandes construtoras estão ocupando as poucas áreas que ainda restavam. Lutar contra esses gigantes é quase impossível. Vamos, pelo menos, valorizar e cuidar das que ainda resistem à especulação imobiliária e às mudanças previstas atualmente.
É um direito dos cidadãos, que pagam seus impostos, terem áreas de convívio comum.