Somente em 2023, 4.937 desportistas foram beneficiados com investimento de R$ 8,5 milhões
Foi celebrado na quinta-feira (21) o Dia Nacional do Atleta, data instituída em homenagem às pessoas que se dedicam ao esporte, em especial o de alto rendimento. As iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) têm possibilitado que jovens atletas e paratletas da capital federal possam participar de competições importantes no cenário nacional e internacional. Somente em 2023, 4.937 atletas foram beneficiados, por meio de programas que contaram com investimentos de R$ 8,5 milhões.
Moradora do Recanto das Emas, a atleta do taekwondo Thalia Ketlen Franco, 24 anos, é uma dessas esportistas que, graças ao programa Compete Brasília, promovido pela Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF), já participou de inúmeras competições e hoje atua também como uma incentivadora para que atletas mirins conheçam e iniciem a vida profissional com o auxílio do programa.
“O Compete é de suma importância para os atletas mais carentes, ainda mais nos dias de hoje, em que as passagens aéreas estão muito caras e de ônibus também”, afirma a jovem. “Possibilitar que esses esportistas participem de competições importantes em outros estados e países é maravilhoso. Agora, por meio de um projeto social, tento fazer com que as pessoas conheçam o programa e não desistam do sonho.”
Há 12 anos, Thalia é uma atleta de alto rendimento na sua modalidade esportiva. Já integrou a Seleção Brasileira de Taekwondo, sendo tricampeã brasileira e bicampeã da Copa do Brasil na modalidade. “O esporte me moldou, fui forjada por ele, me preparou para a vida; aprendi disciplina, respeito e responsabilidade”, relata. “Comecei a viajar com o apoio do Compete para outros países e estados e tinha que ser responsável. Sempre digo que o esporte me transformou no que sou hoje”.
Trilhando caminhos
Outra atleta de alto nível beneficiada pelo programa Compete Brasília vem se destacando entre as profissionais da patinação artística é Júlia Zanini, 17, moradora de Vicente Pires. Há nove anos, ela concilia a escola com os treinos de patinação, realizados de quatro a cinco vezes por semana.
“Sou atleta desde criancinha, é gratificante”, conta. “Aprendi muitas coisas. É dedicação e disciplina, e isso nos poupa de muitas atitudes e ações dos jovens da minha idade, principalmente sinalizando o que é certo. Amo o esporte e a patinação.”
A patinadora, que já foi convocada para o Sul-americano, ficou em sexto lugar no Mundial de Patinação e conquistou o título de vice-campeã sul-americana – ambas as premiações na categoria quarteto de patinação artística. No Pan-americano, ela acredita que o apoio do GDF ajuda na propagação da modalidade que pratica. “A patinação não é esporte olímpico, não temos todos os olhares voltados para nós”, aponta. “Estamos lutando pelo reconhecimento do esporte, e os programas do GDF têm nos ajudado, pois não temos patrocínio para participar das competições, e nossas famílias e o governo têm sido essenciais ajudando com as passagens, pois os gastos são muitos”.
Resultados positivos
O secretário de Esporte e Lazer do DF, Julio Cesar Ribeiro, ressalta que os programas da pasta têm impacto positivo na vida dos atletas brasilienses: “Simbolizam o compromisso do governo em incentivar a participação de cada um deles em competições, tanto locais quanto nacionais e internacionais. Além disso, o apoio é fundamental para a continuidade da manutenção de seus treinos”.
O gestor lembra também as conquistas do ano, como a equiparação da Bolsa Atleta Paralímpica à Bolsa Atleta Olímpica e a regulamentação da lei de incentivo, que garante mais recursos para o esporte no DF. “É uma lei de extrema importância que vem para corrigir uma lacuna e valorizar os nossos atletas”, pontua. “O governo demonstrou todo o compromisso com o esporte da nossa cidade e com os paratletas.