A equipe de Brasília foi derrotada pelo Uirapuru (MT) por 3 x 1 (tempo normal) e 2 x 0 (na prorrogação)
Kátia Sleide
Sábado (1º), a Apcef/Adef/Upis fez o jogo de volta da Copa do Brasil de Futsal, competição inédita, promovida pela Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS). As meninas de Brasília enfrentaram o Uirapuru (MT), no ginásio do Cruzeiro, mas, infelizmente, não conseguiram o resultado que precisavam para passar adiante.
De um lado, o time de Brasília precisava apenas do empate para passar adiante. A Apcef/Adef/Upis venceu o jogo de ida, em Diamantino (MT), no sábado (24), por 4 x 2. De outro, o Uirapuru, que fez uma viagem de 13 horas para brigar pela vitória na casa do adversário.
As meninas do Uirapuru estavam mais tranquilas e, consequentemente, encontraram o caminho do gol com um pouco mais de facilidade. Já a Apcef/Adef/Upis esbarrou na forte marcação das matogrossessenses e somente abriram o marcador no final do segundo tempo.
A esperança era fazer bonito na prorrogação, contudo, o Uirapuru se manteve mais tranquilo e marcou mais duas vezes no tempo adicional, vencendo a equipe de Brasília por 2 x 0. Com o resultado, a Apcef/Adef/Upis se despediu da Copa do Brasil.
Uirapuru (MT) bateu uma forte equipe do DF
Para o técnico do Uirapuru (MT), Marcus Vinícius, a conquista foi muito valorizada por causa do adversário. O time viajou 13 horas de Mato Grosso para Brasília, em uma van. Antes da partida, Marcus comentou sobre o cansaço, mas o time tirou de letra. “Vencemos uma equipe fantástica, que é a Apcef/Adef/Upis, do professor Márcio Coelho, da Tatiana Weysfield. São pessoas maravilhosas. Eles estão de parabéns, porque valorizaram nossa vitória, pois é uma equipe bem treinada. Não ganhamos de um time qualquer, ganhamos de uma equipe de qualidade”, comemora o técnico.
A técnica Tatiana Weysfield classifica o evento como grandioso. “O evento foi maravilhoso, a organização bacana, todos prestigiando, ginásio cheio, com a equipe de arbitragem lá prestigiando, inclusive a equipe de arbitragem antiga, amigos antigos, atletas de outras equipes que já treinaram com a gente. Para as meninas foi uma realização que elas jamais esquecerão. Pena que o resultado não veio, mas é o início de um trabalho grandioso. Espero que a gente consiga dar continuidade e agora é trabalhar para fazer melhor na Taça do Brasil, com a mesma organização, mas fazer um evento pra gente comemorar também”, comenta a técnica.
O presidente da Federação Brasiliense de Futebol de Salão (Febrasa), Fábio Martins, acompanhou todo o esforço da equipe da Apcef/Adef/Upis para promover o lindo espetáculo e parabenizou as meninas. “Infelizmente não terminou da forma que esperávamos, porém, não podemos deixar de registrar o empenho das jogadoras e todas as pessoas da Apcef/Adef/Upis, que prepararam uma grande festa no sábado. Tenho certeza que em breve maiores alegrias virão. Estamos no caminho. Parabéns, Catarina, Tatiana e a todos os envolvidos, pelo espetáculo e organização”, disse o presidente.
Além de Fábio Martins, estiveram no ginásio, sábado (1º), o primeiro vice-presidente da Febrasa, Paulo Bulhões, a secretária de Esporte, Leila Barros, e os distritais Julio César e Agaciel Maia. (K.S.)
Casa cheia e uma linda festa do futsal feminino
Em Brasília, critica-se muito o fator “torcida” nos ginásios e estádios do DF. Questionam-se tudo (horário dos jogos, dia dos confrontos, locais, e por aí vai). Em Brasília, critica-se muito o fator “torcida” nos ginásios e estádios do DF. Questionam-se tudo (horário dos jogos, dia dos confrontos, locais, e por aí vai). Para contrariar os críticos, os últimos eventos de futsal têm mostrado que se houver organização, divulgação e identidade da torcida com as equipes, os ginásios estarão cheios e a festa será bonita.
Aconteceu nos confrontos semifinais (quarta-feira, 7/6, à noite) e finais (segunda-feira, 26/6, à noite) da Taça Brasília Campeão da Construção, event organizado pela Federação Brasiliense de Futebol de Salão (Febrasa). E se repetiu no jogo de volta da Copa do Brasil, sábado (1º), à noite, no ginásio do Cruzeiro, quando a Apcef/Adef/Upis enfrentou o Uirapuru (MT).
Independentemente do resultado, o que se viu foi um ginásio cheio, além de alunas internas do Colégio Vila das Crianças, que fica em Santa Maria, atletas e dirigentes de outras equipes femininas marcaram presença no evento para prestigiar as colegas. A rivalidade foi deixada de lado em prol da modalidade. Além de outros personagens salonistas do DF, como árbitros e amantes do futsal.
Nayeri Albuquerque, presidente do Minas/Icesp, e algumas atletas de sua equipe também estiveram no ginásio e gostaram do que presenciaram. “Vale salientar que a primeira edição da Copa do Brasil Feminino já é um avanço para a modalidade. Fizemos questão de prestigiar a competição, porque apoiamos e promovemos também o futsal feminino, sabemos o quanto precisamos de apoio e não poderíamos deixar de fazer a nossa parte”, declara a dirigente.
Além disso, ela ressalta a importância de se conhecer o trabalho de outras equipes. “É importante também conhecermos os times que estão atuando em território nacional, como o Uirapuru, que não conhecíamos. Brasília, de fato estava bem representada pelo clube da
Apcef/Adef/Upis e queríamos parabenizar todas as atletas e a organização deste jogo. As representantes de Brasília prepararam uma grande festa, excelente recepção para todos que foram prestigiar a competição, ginásio cheio, estrutura muito bem montada, público animado, expectativa muito grande, afinal de contas é o DF na Copa do Brasil de Futsal”, reitera Nayeri Albuquerque.
E finaliza: “Acredito que tenha sido uma alavancada para o futsal feminino no DF. Com certeza impulsionou para que daqui pra frente, as arquibancadas fiquem mais lotadas, criando cada vez mais respeito, dignidade, igualdade e amor pelo futsal feminino”. (K.S.)
A Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS) está promovendo a competição pela primeira vez na história do futsal brasileiro feminino. O sistema de disputa é por meio de eliminatórias, com jogos de ida e volta na primeira fase.