Evento realizado no Sesc contou com a presença de atletas e colaboradores para entrega de troféus
Por Giovanna Reis
Em uma noite marcada por lágrimas, sorrisos e abraços, a 11ª edição das Olimpíadas de Ceilândia chegou ao fim na última terça-feira (3), no Sesc Ceilândia. Mais do que uma cerimônia de encerramento, o evento foi um verdadeiro espetáculo de gratidão e reconhecimento, não apenas pelos troféus conquistados, mas pela trajetória de cada atleta, projeto e coordenador que compõe o projeto.
Desde a sua abertura, a energia era contagiante. O idealizador João Cleber Fernandes deu boas-vindas aos atletas com um discurso emocionado, lembrando a importância da união, da luta e do esporte. Ao lado de coordenadores e colaboradores, foram entregues certificados e medalhas que simbolizam muito mais que vitórias, a celebração de vidas transformadas pelo esporte.
Entre os destaques da noite, uma emocionante homenagem ao coordenador Dimas, falecido recentemente, comoveu o público. Seu legado continua vivo na dedicação de todos que fazem as Olimpíadas acontecerem.
A senadora Leila Barros, que desde 2015 apoia projetos esportivos no DF, reafirmou seu compromisso com o evento. “Brasília pulsa esporte, mas Ceilândia tem a vocação. Aqui, o esporte e a cultura correm nas veias da cidade. Ver o brilho nos olhos dos atletas, a participação das famílias, tudo isso mostra que estamos no caminho certo. A 12ª edição está garantida, e será ainda maior!”
“É incrível acompanhar o quanto esse projeto cresce a cada ano, cresce na estrutura, nos atletas e no desenvolvimento pessoal de cada um. Isso é maravilhoso de ver. A cada edição, novas modalidades são incorporadas. No ano passado, por exemplo, tivemos o orgulho de incluir o breaking, que agora é um esporte olímpico e já fazia parte da nossa realidade aqui. É muito gratificante perceber que, ao trazer um novo esporte, a gente está também abraçando mais pessoas, mais sonhos, mais histórias. E é isso que faz tudo valer a pena. É uma honra fazer parte de algo que eleva a autoestima da galera da Ceilândia e mostra o potencial que temos por aqui”, comentou Rivas Alibi, um dos representantes da ZLB (Zona Livre de Break).
Mais de 20 modalidades foram disputadas ao longo das semanas, do judô ao vôlei, do futebol ao breaking. A diversidade de esportes reflete a riqueza de talentos escondidos em cada canto da cidade. Atletas de 3 a 60 anos competiram com garra, orgulho e o sonho de serem reconhecidos.
Michel Alves, presidente da Liga Poliesportiva e Cultural de Ceilândia(LIPOCC), reforçou o impacto social do projeto, “são atletas que talvez nunca pudessem competir em grandes federações. Aqui, todos têm voz, vez e visibilidade. É um espaço de disputa de alto nível e também de construção de valores.”
“É minha terceira Olimpíada. Treino muito para chegar aqui. Isso me dá dignidade. Quero que mais lugares possam receber o evento, para mais jovens terem essa oportunidade”, declarou o atleta Inácio, de 15 anos.
A noite foi marcada pela gratidão e superação dos atletas e coordenadores, mais do que um evento esportivo, as olimpíadas é considerada um movimento que transforma vidas, valoriza talentos e fortalece a identidade da cidade.
“O que temos aqui é mais que competição: é resistência, é esperança, é transformação social”, ressalta João Cleber. “E para a próxima edição, esperamos ainda mais apoio, inclusive da iniciativa privada, para levar essa potência ao reconhecimento que ela merece”, finaliza.













































































