Estamos no início do penúltimo mês do ano. Isso mesmo, 2015 está chegando ao fim. Esses últimos dez meses foram muito difíceis para o Brasil e não foi diferente para os moradores da capital federal. A crise financeira que assola o Distrito Federal parece que está longe do fim.
Alguns podem até reafirmar que há dinheiro. Não estou aqui para bater o martelo em nenhuma posição. O fato é que o governo anterior foi uma tragédia e parece que não terminou ainda, porque deixou as consequências de sua irresponsabilidade para o bolso do trabalhador.
A crise está massacrando todos os setores: a saúde, a educação, o transporte, a infraestrutura básica, a mobilidade e também o esporte. Mas se perceberem, o esporte nunca entra na lista de prioridades, portanto, também não entrará entre os setores que precisam de atenção.
Nos últimos meses, tenho andado por várias regiões administrativas, observando quadras poliesportivas, parques infantis, infraestrutura em volta dos estádios, ginásios, campos sintéticos, arquibancadas, campos de terra, gramados…. enfim, a andança está servindo apenas para concluir que está difícil sair da mesmice. Quase impossível ver os projetos sociais que lidam com o esporte em situação mais digna.
O que devemos fazer? Sinceramente, não vejo saída para estruturar o esporte. Não, pelo menos enquanto dependermos única e exclusivamente da vontade dos nossos governantes. Entendo perfeitamente a situação em que se encontra o DF. Tenho certeza que o governador tinha outros planos para Brasília. Infelizmente esbarrou nessa grande crise.
Também não quero aqui aplaudi-lo pelas suas ações ou falta delas. Simplesmente entendo que passamos por uma situação muito complicada. O fato é que não vejo, por parte da Secretaria de Esporte, que já foi engolida pela Secretaria de Educação, nenhuma atitude para nos fazer acreditar que dias melhores virão. E podemos nos preparar para mais um ano (2016) para ficarmos de pires na mão.
Não acredito que seja culpa da secretária. Leila Barros tem muita disposição e quer trabalhar. O problema é que não tem como agir. Para todos os lados que olhamos, a sensação é que todos estão de pés e mãos atados.
Resta-nos acreditar que acontecerá um milagre, que conseguiremos sair dos debates infindáveis e infrutíferos para as ações na vida real, aquelas que ajudam os projetos sociais, que promovem o esporte nas cidades, que ajudam a qualificar nossos gestores, que contribuam para a formação e preparação de atletas de ponta em todas as modalidades. Para isso, temos de nos unir, porque esperar apenas pelo poder público é repetir os erros.
“Entendo que passamos por uma situação muito complicada, mas não vejo, por parte da Secretaria de Esporte nenhuma atitude para nos fazer acreditar que dias melhores virão”